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Cairo (Reuters) – O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, chegou ao Oriente Médio nesta segunda-feira (10) na esperança de conseguir o cessar-fogo que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, propôs no mês passado, em um esforço de Washington para garantir o fim da guerra em Gaza.
Falando depois de se encontrar com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, no Cairo, na primeira parada de sua viagem, Blinken disse que o Hamas era o único lado que ainda não havia concordado com a proposta de cessar-fogo de Biden, a qual Washington diz que Israel já aceitou.
“Minha mensagem para os governos de toda a região, para as pessoas de toda a região, é que se vocês querem um cessar-fogo, pressionem o Hamas para que diga sim”, afirmou Blinken aos repórteres antes de deixar o Egito para visitar Israel, onde ele deve se encontrar com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Ataques continuam
Antes da viagem de Blinken, Israel e Hamas mantiveram as posições linha-dura que frustraram todas as tentativas anteriores de acabar com os combates, enquanto Israel continuou com os ataques no centro e no sul de Gaza, entre os mais sangrentos da guerra.
“Estamos comprometidos com a vitória total”, disse Netanyahu em um comunicado divulgado por seu gabinete, citando comentários que fez no domingo a parentes de israelenses mortos em Gaza. “Qual é a principal disputa? É sobre a demanda do Hamas… de que nos comprometamos a parar a guerra sem atingir nossos objetivos de eliminar o Hamas…. Não estou preparado para fazer isso.”
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O Hamas, por sua vez, disse que Washington precisa pressionar seu aliado Israel a interromper os combates. “Pedimos ao governo dos EUA que pressione a ocupação para interromper a guerra em Gaza, e o movimento do Hamas está pronto para lidar positivamente com qualquer iniciativa que garanta o fim da guerra”, afirmou à Reuters Sami Abu Zuhri, representante sênior do Hamas.
A guerra já entrou em seu nono mês, desde que combatentes liderados pelo Hamas mataram 1.200 pessoas e tomaram cerca de 250 outras como reféns em um ataque no sul de Israel. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva à Faixa de Gaza que matou mais de 37.000 palestinos e reduziu a maior parte do enclave a escombros.
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Autoridades palestinas disseram que mais 40 corpos chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas. Acredita-se que outros milhares de mortos estejam enterrados sob os escombros.