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O Índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa (Ifix) sustenta alta de 1,35% em 2024, desempenho superior ao do Ibovespa, por exemplo, que registra queda de 9%. Mas nem tudo está azul no mercado de FIIs.
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O resultado positivo do Ifix no ano está ligado principalmente ao comportamento dos fundos de “papel” – que investem em títulos de renda fixa como os certificados de recebíveis imobiliários (CRI).
De acordo com o Índice Teva de Fundos Imobiliários de Papel, essa classe de ativo acumula alta de 3% em 2024, ou seja, acima da média de mercado – que toma como base o Ifix.
Já o Índice Teva de Fundos Imobiliários de Tijolo, que opera com perdas de 1% em junho, já acumula baixa de 0,1% no ano, como mostra a figura abaixo.
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O que explica a diferença de desempenho dos FIIs de “tijolo” e de “papel”?
Nos últimos 12 meses, o desempenho dos fundos de “tijolo” ainda supera o dos FIIs de “papel”, cenário atribuído principalmente ao início do ciclo de cortes da Selic – que beneficia especialmente quem investe diretamente em imóveis.
A discussão sobre mudanças no ritmo de queda da taxa de juros, porém, reduziu o otimismo do mercado e estimulou a busca por ativos de menor risco, que ficaram mais atrativos.
O Kinea Hedge Fund (KNHF11), que investe em cotas de outros FIIs, diminuiu a alocação em fundos de “tijolo” no mês passado, confirmando a desconfiança atual nesta classe de ativo.
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“Apesar dos bons fundamentos dos ativos, houve uma deterioração relevante de cenário macroeconômico doméstico, com piora da situação fiscal e aumento da inflação projetada para os próximos anos”, aponta a gestão em recente relatório gerencial. “No mês de junho, seguiremos com certas reduções a depender da evolução de preços de mercado”, complementa o texto.
Após um primeiro trimestre no azul, os fundos de “tijolo” ensaiam em junho o terceiro mês seguido de baixa, de acordo com o Índice Teva de Fundos Imobiliários de Tijolo.
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Ao investir em ativos corrigidos por índices de inflação ou pela taxa do CDI (que tem a taxa Selic como referência), os fundos de “papel” acabam se blindando de cenários mais adversos, explica a equipe de gestão do BTG Pactual Fundo de Fundos (BCFF11).
“Com a abertura recente dos juros longos (NTN-B) e resultado pouco atrativo do Ifix nesse ano, dificultando as operações com ganho de capital, os CRIs seguem com papel importante para trazer resiliência para a geração de resultados do fundo”, dizem os gestores também em relatório gerencial.
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