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Os tanques israelenses realizaram um segundo dia de ataques de sondagem em Rafah, nesta quarta-feira (29), depois que Washington disse que o ataque não representava uma grande incursão terrestre na cidade do sul de Gaza, a qual as autoridades norte-americanas haviam dito a Israel para evitar.
Os tanques israelenses avançaram para o coração de Rafah pela primeira vez na terça-feira, após uma noite de bombardeio pesado, desafiando um apelo da Corte Internacional de Justiça para encerrar o ataque à cidade, um dos últimos locais de refúgio em Gaza.
Os Estados Unidos, aliado mais próximo de Israel, reiteraram sua oposição a uma grande ofensiva terrestre israelense em Rafah, mas disseram na terça-feira não acreditar que tal operação estivesse em andamento.
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Diferentemente das táticas usadas na ofensiva terrestre de Israel no restante do enclave, os moradores de Rafah disseram que os tanques israelenses fizeram incursões em Tel Al-Sultan, no oeste de Rafah, e em Yibna e perto de Shaboura, no centro, antes de se retirarem para posições próximas à fronteira com o Egito.
As alas armadas do Hamas e da Jihad Islâmica disseram que confrontaram as forças invasoras com foguetes antitanque e bombas de morteiro, além de explodir dispositivos previamente plantados.
Os militares israelenses disseram que três soldados foram mortos e outros três ficaram gravemente feridos em combate no sul de Gaza na quarta-feira, sem entrar em detalhes. A rádio Kan, emissora pública de Israel, informou que eles foram feridos por um dispositivo explosivo detonado em um prédio em Rafah.
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Autoridades de saúde palestinas disseram que várias pessoas foram feridas na manhã de quarta-feira por fogo israelense na área leste de Rafah, onde também disseram que alguns armazéns de ajuda foram incendiados.
Os moradores disseram que os constantes bombardeios israelenses durante a noite destruíram muitas casas na área, de onde a maioria das pessoas fugiu após ordens de retirada de Israel.
Alguns moradores relataram ter visto o que descreveram como veículos blindados robóticos não tripulados disparando metralhadoras em algumas partes da cidade.
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A agência de notícias Shebab, pró-Hamas, bem como alguns residentes e jornalistas, relataram apagões na internet e nas comunicações móveis em algumas áreas do leste e do oeste, em meio ao pesado bombardeio aéreo e terrestre israelense. O Exército israelense disse que não podia confirmar os relatos.
No norte de Gaza, os tanques bombardearam vários bairros da Cidade de Gaza e as forças se aprofundaram em Jabalia, o maior dos oito maiores campos de refugiados históricos do enclave, com os moradores dizendo que grandes distritos residenciais foram destruídos pelo Exército.