Mortes de civis no ataque israelense a Rafah foram “acidente trágico”, diz Netanyahu

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, ao menos 45 pessoas morreram no ataque, incluindo 23 mulheres, crianças e idosos

Equipe InfoMoney

Palestino procura por comida após ataque israelense em local designado para pessoas desalojadas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza (REUTERS/Mohammed Salem)
Palestino procura por comida após ataque israelense em local designado para pessoas desalojadas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza (REUTERS/Mohammed Salem)

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O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse nesta segunda-feira (27) que o assassinato de dezenas de pessoas num campo para refugiados palestinos em Rafah foi “um trágico acidente”.
Israel disse que o ataque de domingo (26) matou duas autoridades do Hamas, mas as mortes de civis geraram uma condenação imediata da comunidade internacional.
O ataque aconteceu dias após o Tribunal Internacional de Justiça ter ordenado que Israel suspendesse imediatamente sua ofensiva na cidade e quando os diplomatas pretendiam reiniciar as negociações para um cessar-fogo e um acordo de libertação de reféns.
Netanyahu disse que Israel tentou minimizar as mortes de civis, pedindo aos habitantes de Gaza que evacuassem a região. O premiê acusou o Hamas de se esconder entre a população civil: “Para nós, cada civil que é ferido é uma tragédia. Para o Hamas é uma estratégia. Essa é a diferença”.
As forças de defesa de Israel disseram que o alvo do ataque era um complexo do Hamas, acrescentando que armas de precisão foram usadas para eliminar um comandante do Hamas e outro alto funcionário do Hamas no local.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, ao menos 45 pessoas morreram no ataque, incluindo 23 mulheres, crianças e idosos. Outras 249 pessoas teriam ficado feridas.