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O dólar fechou com leve alta nesta quinta-feira (18), retomando a tendência de ganhos interrompida na véspera, com investidores avaliando as perspectivas para taxas de juros nos EUA e no Brasil.
A alta de hoje refletiu o ajuste de posição dos traders na sequência dos comentários do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, e de membros do Federal Reserve (Fed).
Os comentários do presidente do Fed de Nova York, John Williams, dizendo que não “sente a urgência de cortar as taxas de juro”, dada a força da economia, ajudaram o dólar subir.
À tarde, durante evento em Washington, o presidente do BC do Brasil, Roberto Campos Neto, ponderou que um cenário com dólar forte “é sempre um problema” e pode gerar reação de bancos centrais pelo mundo.
“No caso do Brasil, o dólar é flutuante. O que é relevante para nós é o impacto do dólar na nossa função de reação, no que fazemos no BC, mas entendo que o Brasil tem uma situação diferente porque nossas contas externas são muito fortes”, afirmou Campos Neto.
Os dados de fluxo cambial divulgados durante a tarde pelo BC corroboraram esta percepção. O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 1,278 bilhão de dólares em abril até o dia 12, com saídas líquidas de 4,236 bilhões de dólares pelo canal financeiro e entradas de 5,514 bilhões de dólares pela via comercial.
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Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar comercial à vista fechou com alta 0,12%, cotado a R$ 5,249 na compra e R$ 5,250 na venda. Já o turismo avançou 0,55%, a R$ 5,479.
Às 17h22, o dólar futuro subia 0,38%, aos 5.258 pontos.
O Banco Central realizou leilão de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de julho de 2024.
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Dólar comercial
- Venda: R$ 5,250
- Compra: R$ 5,249
- Mínima: R$ 5,228
- Máxima: R$ 5,278
Dólar turismo
- Venda: R$ 5,479
- Compra: R$ 5,299
Leia mais: Tipos de dólar: conheça os principais e qual importância da moeda
O que está acontecendo com dólar?
A moeda americana vem subindo nas últimas semanas, à medida que uma série de dados econômicos fortes dos EUA e a inflação persistente frustraram as expectativas de cortes nas taxas no curto prazo.
Os mercados estão precificando cortes de 44 pontos base do Fed este ano, drasticamente abaixo dos 160 pontos base esperados no início do ano, com setembro se tornando o último ponto de partida do ciclo de flexibilização, mostrou a ferramenta CME FedWatch.
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Além disso, a escalada da tensão no Oriente Médio também contribuiu para o apelo do dólar como ativo seguro.
(Com Reuters)