Venezuela anuncia fechamento de embaixada e consulados no Equador

Ação de Maduro é protesto contra prisão do ex-vice-presidente do Equador, preso na Embaixada do México no início do mês

Equipe InfoMoney

Nicolás Maduro. Foto: Carlos Becerra/Bloomberg
Nicolás Maduro. Foto: Carlos Becerra/Bloomberg

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (16) o fechamento de sua embaixada e de dois consulados no Equador em protesto contra a prisão do ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas.

Condenado duas vezes por corrupção e agora com novas acusações, Glas foi preso no dia 5 de abril, durante uma ação da polícia equatoriana na Embaixada do México em Quito, onde o ex-presidente vivia desde dezembro.

A Venezuela fechará sua embaixada e consulado em Quito e também a missão consular em Guayaquil.

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“Que nosso pessoal diplomático volte imediatamente” e só retornará “até que a lei internacional seja expressamente restabelecida no Equador”, disse Maduro em seu discurso durante uma cúpula da Celac, transmitida pela televisão estatal. O ministro da Informação, Freddy Ñáñez, também citou o presidente em uma mensagem em sua conta no X, ex-Twitter.

“As declarações do presidente (Daniel) Noboa dizendo que ele se orgulha de ter atacado a embaixada mexicana (…) são uma ameaça direta a todos os países que têm embaixadas no Equador”, acrescentou Maduro.

A prisão fez com que o México, que havia oferecido asilo político a Glas, suspendesse as relações diplomáticas com o Equador.

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Lula se pronuncia

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que o Equador deve “um pedido formal de desculpas” pelo descumprimento das normas diplomáticas na prisão de Glas.

“Há exatos 70 anos assinamos a Convenção de Caracas sobre Asilo Diplomático. A própria Corte Internacional de Justiça já tratou do tema e foi muito clara sobre isso (…). Portanto, absolutamente nada justifica a cena a que assistimos em Quito”, disse o presidente Lula, em pronunciamento na Cúpula Virtual da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) .

Há uma semana, em 9 de abril, o presidente brasileiro conversou por telefone com o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, e manifestou solidariedade a respeito da invasão.

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(Com Reuters)

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