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Autoridades dos Estados Unidos e de Israel temem que a maioria dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas desde 7 de outubro possam ter morrido no cativeiro, informou o Wall Street Journal em reportagem na quarta-feira (10). A informação pode ser um novo entrave nas negociações sobre um cessar-fogo em Gaza, que incluiria a libertação dos cativos.
Segundo a mídia de Israel, um alto funcionário do governo confirmou as alegações feitas no fim de semana pelo Hamas, durante negociações no Cairo, de que o grupo não teria 40 reféns em Gaza que atendessem aos critérios de troca propostos.
A categoria inclui mulheres, crianças, idosos e aqueles que precisam de cuidados médicos. A libertação de outros reféns, incluindo homens adultos e soldados capturados, está numa categoria separada.
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De acordo com a Kan News, Israel insiste que 40 reféns vivos devem ser libertados em qualquer primeira fase, e que o Hamas deve compensar qualquer ausência em uma categoria com indivíduos de outra.
O canal de notícias Channel 12 informou que o chefe do serviço de inteligência Mossad, David Barnea, principal autoridade de Israel envolvida nas negociações, disse aos ministros do gabinete na quarta-feira que libertar todos os 133 prisioneiros e restos mortais mantidos em Gaza em um único acordo de trégua seria impossível.
Número de vítimas impreciso
Embora as forças de defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) tenham confirmado oficialmente a morte de 34 dos 129 reféns restantes sequestrados pelo Hamas, citando informações de inteligência e descobertas feitas por tropas que operam em Gaza, um relatório diz que “autoridades israelenses e americanas estimam em particular que o número de mortes pode ser muito maior”.
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Algumas estimativas dos EUA indicam, inclusive, que a maioria dos reféns já está morta, disseram autoridades americanas familiarizadas com a inteligência ao jornal, embora ressaltem que as informações dos EUA sobre os reféns são limitadas e dependem em parte da inteligência israelense.
O jornal The Times of Israel relata que autoridades americanas citadas no relatório disseram que alguns dos reféns provavelmente foram mortos por ataques israelenses em Gaza, em meio à guerra em andamento, enquanto outros morreram de problemas de saúde, incluindo ferimentos sofridos durante o sequestro.
Além disso, as autoridades acreditam que reféns que ainda estão vivos estão sendo usados como escudos humanos ao redor da liderança do grupo, escondidos nas profundezas dos túneis de Gaza.
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Dos 253 reféns sequestrados durante os ataques de outubro do Hamas, quanto terroristas massacraram cerca de 1.200 pessoas, 105 civis foram libertados do cativeiro durante uma trégua de uma semana no final de novembro. Antes disso, quatro tinham sido liberados. Três reféns foram resgatados por tropas com vida, e os corpos de 12 reféns também foram recuperados, incluindo três mortos por engano pelos militares.