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A Boa Safra (SOJA3) anunciou a aquisição de mais um terreno em Mato Grosso para construir um novo centro de distribuição de sementes. Foi o segundo anúncio em apenas uma semana, o que indica que a companhia está dobrando as apostas para dominar o mercado no maior Estado produtor de grãos do Brasil.
Na semana passada, a Boa Safra iniciou as obras de sua unidade em Campo Novo dos Parecis, 400 quilômetros a noroeste de Cuiabá. Nesta semana, a companhia começou a construir seu novo centro de distribuição em Ribeirão Cascalheira, 780 quilômetros a nordeste da capital mato-grossense.
Atualmente, a companhia já tem um centro de distribuição em Lucas do Rio Verde – a 350 km ao norte da capital – e uma unidade de beneficiamento em Primavera do Leste (230 km a leste de Cuiabá).
“Essa iniciativa estratégica garante que os produtores rurais recebam as sementes de soja no momento ideal para o plantio, otimizando o processo e evitando a perda de qualidade, seja por armazenamento inadequado ou transporte prolongado”, disse, em nota, Glaube Caldas, diretor de operações da Boa Safra.
Mais do que simplesmente disponibilizar a semente no momento ideal, os novos CDs poderão abastecer os agricultores com produtos de maior valor agregado. Uma semente sem tratamento de fertilizantes e defensivos pode durar até um ano se bem armazenada. Já as sementes que recebem o beneficiamento tem uma validade de, no máximo, 60 dias.
A expectativa da companhia é que a nova unidade entre em operação até o fim de agosto, com capacidade para armazenar 13,3 mil bags de sementes.
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O movimento da Boa Safra com os novos centros de distribuição segue a estratégia de crescimento desenhada pela companhia. Em recente entrevista ao IM Business, o CEO Marino Colpo disse que a companhia pretende ser consolidadora do ainda pulverizado mercado de sementes do Brasil.
Líder no mercado nacional com 8,5% de participação, a Boa Safra tem a meta de alcançar de 14% a 15% até 2027. Hoje, em Mato Grosso, a companhia já domina cerca de 15% da venda de sementes de soja, em um Estado que planta 12 milhões de hectares. Com os dois novos CDs anunciados, a expectativa é atender à demanda gerada por 4 milhões de hectares.