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Além de subir o tom contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), afirmou, em mensagens publicadas na rede social na noite de segunda-feira (8), que funcionários da big tech receberam ameaças de prisão no Brasil.
As afirmações de Musk foram feitas em resposta ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Escrevendo em inglês, Nikolas repercutiu mensagem anterior de Musk na qual o bilionário acusa Moraes de colocado “o dedo na balança para eleger Lula” em 2022.
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“Elon disse que Alexandre está com Lula na coleira e que colocou o dedo na balança para elegê-lo. Como membro do Congresso brasileiro e representando milhões de pessoas, peço que nos dê mais informações. Isso será crucial para o futuro do nosso país”, cobrou o parlamentar, que preside a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
Em resposta a Nikolas, Musk escreveu: “Precisamos levar nossos funcionários no Brasil para um local seguro ou que não estejam em posição de responsabilidade”. O dono do X, então, prometeu que a plataforma fornecerá todas as informações.
Em outra mensagem, novamente sem apresentar provas, Musk escreveu que os funcionários do X “foram informados de que seriam presos”.
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Moraes assumiu a presidência do TSE em agosto de 2022, a dois meses da eleição presidencial daquele ano, e está no comando da corte até agora. O ministro comandou o órgão durante o último processo eleitoral, cuja lisura sempre foi contestada por Bolsonaro e aliados – sem terem apresentado qualquer prova de fraude.
Moraes também é o relator, no STF, do inquérito que apura a disseminação de fake news nas redes sociais e supostos ataques contra a democracia. O magistrado suspendeu e excluiu diversas contas no X, medida que é criticada por Musk e classificada por aliados de Bolsonaro como “censura prévia”.
Na segunda-feira, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou nota em apoio ao seu colega de tribunal. No comunicado, o magistrado não cita o nome de Musk nem menciona o X, mas afirma que todas as empresas que atuam no Brasil estão sujeitas às leis nacionais.
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