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“Vamos começar novo ciclo de reajuste de 2 dígitos em maio”, diz CEO da Hapvida

CEO da companhia afirmou que esforços para redução da sinistralidade continuarão como foco da Hapvida

Camille Bocanegra

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Redução da sinistralidade, reajuste de 2 dígitos em 2024 e redução de custos fixos são focos da Hapvida para o ano, de acordo com a administração da Hapvida (HAPV3). Na teleconferência para comentar os resultados do quarto trimestre de 2023, Jorge Pinheiro, CEO da Hapvida, detalhou como será o faseamento para integração da NotreDame Intermédica e quais as expectativas para os próximos trimestres.

“Estamos preparados para um 2024 de continuidade do trabalho de fortalecimento das operações e recuperação de nossas margens. Por isso, vamos seguir firmes em nosso propósito, sempre olhando para a sustentabilidade da companhia no longuíssimo prazo”, disse Pinheiro.

A sinistralidade tem mostrado trajetória consistente, de acordo com Pinheiro, mas ainda há espaço para melhorar. “Vemos muito espaço para melhorias em diversas frentes e vamos começar uma nova jornada de reajustes a partir de maio, menor do que o ano passado, mas ainda de dois dígitos”, diz o CEO. Ainda assim, há expectativa de que haja melhoria da sinistralidade a partir do reajuste, do lado da receita.

O executivo destacou o ritmo forte de verticalização da companhia, com mais um ano de retomada de sinistralidade. Em relação à competitividade, a Hapvida foca em ampliação de portfólio, com foco em unidades ociosas, visando redução de custos fixos. “A empresa prepara novo portfólio de vendas para locais com ociosidade na rede própria”, afirma. A expectativa é que os novos produtos estejam rodando no final do primeiro semestre de 2024.

Sobre os custos, o CEO considera que ainda há muito a ser feito mas que muitas iniciativas estão em curso. O mix de produtos oferecidos para venda seria um dos fatores determinantes para a otimização dos custos, para além da redução da sinistralidade, de acordo com Pinheiro.

Os concorrentes são vistos cada vez com mais racionalidade, sem agressividade como observada no passado. “Historicamente, nossa companhia requer cerca de 30% menos reajustes que nossos competidores no mercado em geral, o que nos dá mais competitividade ao longo do ano para que sejamos beneficiados com isso”, comenta o CEO.

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Integração em fases

A integração com a NotreDame Intermédica avançou ao longo de 2023, ainda que o executivo reforce que cada operação tem seu tempo para captura de sinergias. “Decidimos mudar o planejamento para suavizar a integração em São Paulo, nossa maior praça, com maior número de beneficiários”, afirma Jorge Pinheiro, CEO da Hapvida.

A mudança consiste em faseamento da integração, ao invés de virada de sistema em uma data específica. Assim, a expectativa da administração é de antecipação da integração em alguns pontos e há previsão da última etapa da integração em outubro. “No final dessa jornada ao fim do ano, teremos uma empresa 100% integrada”, afirma o executivo.

“Em 2024, não teremos mais essa receita, ficamos apenas com a venda de serviços hospitalares para outras operadoras”, afirma Luccas Adib, CFO da Hapvida, sobre serviços outras naturezas que foram vendidos em 2023. “A companhia e o setor vem passando por um período de necessidade de reajustes mais fortes”, destaca o CFO.

O executivo reforça que a competitividade mais agressiva, somada à necessidade de alteração de serviços oferecidos, aumentaram os cancelamentos. Por isso teria havido a redução de beneficiários, de acordo com Adib, apesar de ter havido compensação pelos novos contratos, oriundos de vendas orgânicas.