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O número de fundos de investimentos nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros) mais que dobrou em 2023 na comparação com o ano anterior. É o que mostra relatório publicado nesta segunda-feira (1) pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A indústria fechou dezembro com 97 Fiagros, crescimento de 106%.
O patrimônio líquido desses fundos teve incremento de 262%, fechando o ano passado com R$ 38 bilhões. Os Fiagros-FII concentram 45% desse patrimônio. Até dezembro, a categoria também era a mais representativa na quantidade de fundos, com 50% do total.
“O agronegócio segue com crescimento acima da média, o que demonstra sua força no mercado de capitais. Este crescimento tem sido constante e reflete as oportunidades desse mercado”, diz David Menegon, gerente de Securitização e Agronegócio da CVM.
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Apesar do crescimento em 2023, os Fiagros listados em Bolsa enfrentam turbulência no início de 2024 e entregam rentabilidade negativa aos investidores em março. Alguns fundos tiveram problemas com inadimplência, o que contaminou até as cotas de Fiagros que não relataram desafios no último trimestre.
Para especialistas, a quantidade ainda limitada de investidores ajudou a acentuar a turbulência nesses papéis no último mês. Até dezembro, 64% dos Fiagros tinham entre 2 e 5 mil cotistas. Apenas 12 já possuíam mais de 15 mil cotistas.
Mais da metade (55%) dos investimentos dos Fiagros está em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), com imóveis (16%) e direitos creditórios (15%) em seguida.