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(Reuters) – A Rússia está exigindo que a Ucrânia entregue todas as pessoas ligadas a atos terroristas cometidos na Rússia, incluindo o chefe do Serviço de Segurança SBU do país, Vasyl Maliuk, disse o Ministério das Relações Exteriores neste domingo (31).
Um comunicado do ministério russo listou incidentes violentos que ocorreram na Rússia desde que as forças do Kremlin invadiram a Ucrânia em fevereiro de 2022, incluindo atentados que mataram a filha de um nacionalista proeminente e um blogueiro de guerra, e outro incidente em que um escritor ficou gravemente ferido.
O documento afirmou que a investigação dos incidentes mostrou que “os vestígios destes crimes levam à Ucrânia”.
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“A Rússia entregou às autoridades ucranianas as suas exigências… para a prisão imediata e extradição de todos aqueles ligados aos atos terroristas em questão”, afirmou o comunicado.
O comunicado do ministério disse que entre os que deverão ser entregues está o chefe da SBU, que reconheceu que seu serviço estava por trás dos ataques à ponte que liga a Crimeia ao continente russo. A Rússia assumiu o controle da Crimeia em 2014 e a ponte foi construída após a anexação da região.
“O lado russo exige que o regime de Kiev cesse imediatamente todo o apoio à atividade terrorista, extradite os culpados e compense as vítimas pelos danos. A violação por parte da Ucrânia das suas obrigações sob as convenções antiterroristas resultará na sua responsabilização em termos jurídicos internacionais”, afirmou o texto
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Atentado
O comunicado se referiu ao tiroteio em massa ocorrido este mês em uma casa de shows nos arredores de Moscou no qual 144 pessoas morreram, mas apenas em um sentido oblíquo.
Embora o Estado Islâmico tenha reivindicado a responsabilidade pelo ataque, investigadores russos disseram na semana passada que haviam encontrado provas de que os atiradores da casa de shows estavam ligados a “nacionalistas ucranianos”.
Kiev nega qualquer ligação com o ataque. O serviço de segurança SBU considerou “sem sentido” a exigência russa e acrescentou que Moscou “esqueceu” que o líder do Kremlin, Vladimir Putin, é alvo de um mandado de prisão internacional.
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“As declarações sobre terrorismo soam particularmente cínicas vindas do próprio Estado terrorista”, disse a SBU em um comunicado. Portanto, quaisquer palavras do Ministério das Relações Exteriores da Rússia são sem sentido.”