Rússia adiciona ‘movimento LGBT’ à lista de organizações extremistas e terroristas

Medida segue a decisão judicial de novembro passado, de que ativistas LGBT deveriam ser designados como extremistas, o que os coloca em risco de prisões, processos e congelamento de contas bancárias

Reuters

Agente de segurança observa evento da comunidade LGBTQIAP+ em São Petersburgo - 3/8/2019 (Reuters/Anton Vaganov)
Agente de segurança observa evento da comunidade LGBTQIAP+ em São Petersburgo - 3/8/2019 (Reuters/Anton Vaganov)

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Moscou (Reuters) – A Rússia adicionou o que chama de “movimento LGBT” a uma lista de organizações extremistas e terroristas, informou a mídia estatal nesta sexta-feira (22).

A medida está em linha com a decisão da Suprema Corte da Rússia, de novembro passado, de que ativistas LGBT deveriam ser designados como extremistas, uma ação que representantes de pessoas gays e transgêneros disseram temer que levaria a prisões e a processos judiciais.

A lista é mantida por uma agência chamada Rosfinmonitoring, que tem poderes para congelar as contas bancárias de mais de 14.000 pessoas e entidades designadas como extremistas e terroristas. Elas vão desde a Al Qaeda até a gigante tecnológica norte-americana Meta e associados do falecido líder da oposição russa Alexei Navalny.

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A nova listagem refere-se ao “movimento social LGBT internacional e suas unidades estruturais”, informou a agência de notícias estatal RIA.

Como parte de uma mudança sob o comando do presidente Vladimir Putin em direção ao que ele retrata como valores familiares que contrastam com as atitudes ocidentais decadentes, a Rússia tem reforçado as restrições na última década sobre expressões de orientação sexual e identidade de gênero.

Entre outras medidas, o país aprovou leis que proíbem a promoção de relações sexuais “não tradicionais” e vetou mudanças legais ou médicas de gênero.

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