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Ao contrário do que diversos analistas esperavam, o mercado futuro de juros tem uma manhã de oscilações contidas nesta quinta-feira, 21, como leve ajuste para cima, principalmente nos vencimentos curtos e intermediários. Na ponta curta, as taxas oscilavam em leve baixa, mas passaram a subir com as taxas dos títulos do Tesouro americano.
A mudança no “forward guidance” na comunicação do Comitê de Política Monetária (Copom) motiva os ajustes nos vencimentos mais curtos. Isso porque o colegiado, ao cortar em 0,50 ponto porcentual a taxa básica de juros, a Selic, indicou manutenção do ritmo de corte para “a próxima reunião” e não mais para “as próximas”, como vinha indicando.
Na avaliação de Marcelo Boragini, sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos, o mercado promove um ajuste natural ao tom mais conservador do Banco Central, mas seguem em um ambiente de incertezas, que talvez sejam reduzidas na ata da reunião do Copom, na próxima terça-feira. “A mudança no forward guidance não necessariamente indica mudança no ciclo. O que pode acontecer é que, dadas as incertezas do cenário, o BC reduza o ritmo de cortes, mas sem alterar o objetivo final”, afirma.
Às 11h26, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 9,950%, contra 9,906% do ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2026 projetava 9,880%, ante 9,808% do ajuste anterior. A taxa de janeiro de 2027 estava em 10,110%, de 10,047%.