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Os planos de previdência complementar, conhecidos como fundos de pensão, planejam manter ou até aumentar a participação da renda fixa nos portfólios, mesmo durante o ciclo de queda da taxa Selic. O investimento em ações não é descartado, mas visto como muito arriscado para o momento.
É o que conclui o Estudo Diagnóstico de Investimentos para Fundações de Previdência 2024, da Mercer, enviado com exclusividade ao InfoMoney. As 40 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) disseram que alocaram mais de 25% de seu patrimônio em renda fixa.
As EFPCs são criadas por empresas ou entidades ligadas às companhias para oferecer aos colaboradores planos de aposentadoria complementar. As entidades ouvidas pela Mercer tinham R$ 181 bilhões de patrimônio no fim de 2023.
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Entre os fundos com o plano de benefício definido – que regulamentam previamente o valor da previdência paga ao beneficiário –, cerca de 80% disseram que vão manter a proporção alocada em renda fixa em 2024, enquanto o restante declarou que pretende aumentar a participação da classe na carteira.
Já os fundos de contribuição definida – que estabelecem o valor mensal de investimento previamente – são um pouco mais arrojados, com cerca de 20% declarando que devem reduzir a parcela de renda fixa no portfólio.
Maurício Martinelli, líder de investimentos da Mercer Brasil, explica que os fundos veem o CDI acima dos 10% como atrativo e, na maioria das vezes, avaliam que não há necessidade de correr mais risco em troca de retornos maiores.
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“A tendência é a manutenção do nível de risco nas carteiras ou até diminuição, olhando para frente com taxa de juros ainda alta, cenário fiscal complicado e uma equação de juros ainda sem solução lá fora’, diz Martinelli.
O especialista ainda explica que os fundos “não têm informações suficientes” para aumentar com convicção a exposição à renda variável.
Uma das transformações dos planos de previdência complementar é a demanda dos usuários por mais perfis de investimento: “eles acham o perfil único muito agressivo ou muito conservador”. Segundo a pesquisa, 65% das entidades já oferecem mais de uma opção de plano, sendo três o número mais comum de variações.