Publicidade
Nos últimos dias, o destaque no Brasil foi o crescimento da inflação acima do esperado, com IPCA acumulando alta de 4,50% em doze meses. Na semana que se inicia, o destaque fica para a Super Quarta, que será marcada pela decisão de juros pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) e do Federal Open Market Comittee (FOMC) do Federal Reserve (Fed), o equivalente dos EUA.
Assim, os olhares se voltam para a quase certa redução em 0,50 ponto percentual (p.p.) esperada para a taxa básica de juros no Brasil, a Selic, e para o comunicado que acompanhará a decisão. Se o corte para 10,75% ao ano (a.a.) não é visto com dúvida nem surpresa, as possíveis sinalizações da direção do Comitê e da magnitude dos próximos ajustes (em especial, após os dados mais elevados de inflação) serão o foco pós-encontro.
Antes disso, a semana começa com Índice Geral de Preços de março (IGP-10) que será divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O instituto também tornará conhecidos os dados semanais do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S). No mesmo dia, o Banco Central apresenta o índice IBC-Br de atividade econômica de janeiro, com previsão do Bradesco de alta de 1,4% na comparação mensal, enquanto a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulga a balança comercial semanal.
No dia seguinte, será a vez da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) apresentar seu IPC semanal, enquanto o BC divulgará o relatório Focus, com projeções do mercado para PIB, Selic, câmbio e outros indicadores econômicos. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgará a sondagem industrial de fevereiro e a FGV apresentará o monitor do PIB de janeiro.
A quarta-feira será marcada, além da reunião do Copom, pelo indicador de Comércio Exterior de fevereiro e a sondagem da indústria de construção pela CNI. No dia seguinte, o BC apresenta o fluxo cambial semanal e, na sexta-feira, serão conhecidos os dados da sondagem do consumidor, de março, da FGV e os resultados setoriais – ICEI do mesmo mês, divulgados pela CNI.
Durante a semana, mas sem data definida, serão divulgados os dados de arrecadação de impostos do governo federal. A expectativa do Bradesco é de número forte para as receitas federais, auxiliando a manutenção da meta de saldo primário antes do primeiro relatório bimestral sobre as contas fiscais de 2024 (que será apresentado na sexta-feira). A projeção do banco é de arrecadação de R$ 185 bilhões.
Continua depois da publicidade
No noticiário político, o Congresso Nacional tem prazo até 20 de junho para estabelecer parâmetros e estrutura da nova reforma do imposto sobre valor agregado (IVA). Além disso, no curto prazo, as negociações de impostos sobre a folha de pagamento devem seguir, com foco ainda nos impostos para pequenos municípios e setor de eventos (revogados na medida provisória MP 1208).
Temporada de resultados
A temporada de resultados do quarto trimestre de 2023 trará os balanços de Embraer (EMBR3) e nomes do setor educacional, como Cogna (COGN3), e de saúde, como Dasa (DASA3). O Magazine Luiza (MGLU3), por sua vez, será destaque na segunda-feira.
Confira as datas:
Continua depois da publicidade
18 de março
Embraer
Braskem
Continua depois da publicidade
Grupo SBF
Itausa
Magazine Luiza
Continua depois da publicidade
Stone
Vamos
19 de março
Continua depois da publicidade
Blau
Desktop
Mills
Infracommerce
JSL
20 de março
Allos
Brisanet
CSU Digital
Cogna
Dasa
Equatorial Energia
Hidrovias do Brasil
Locaweb
Positivo
Santos Brasil
Tupy
Unifique
Vivara
Time for fun
RNI
21 de março
Alliaer
Allied
Cemig
CPFL Energia
Espaçolaser
Eucatex
Melnick
Sabesp
Even
Gafisa
Tecnisa
Qualicorp
22 de março
Metalfrio
Decisão de juros dos EUA é destaque
Os olhares mundiais se voltam para a divulgação da taxa de juros dos EUA, ainda que seja esperada a estabilidade nas taxas. Assim como no Brasil, a maior expectativa é para o pós-decisão, no caso para o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, logo após o comunicado. Na ferramenta CME FedWatch, a maioria das apostas aponta para corte na reunião de 12 de junho. Até lá, no entanto, a expectativa é que a taxa se mantenha no intervalo atual de 5,25-5,50%.
A agenda dos EUA está praticamente esvaziada de indicadores na semana, com a divulgação apenas dos dados semanais de auxílio desemprego e do índice de atividade do Fed Filadélfia, com projeção do consenso LSEG de queda de 2,5.
No exterior, a Zona do Euro apresentará seu índice de preços do consumidor de fevereiro, na segunda, e o Japão anunciará decisão de política monetária, com projeção LSEG de 0,0%.
Na quinta-feira, será a vez da Alemanha, do Reino Unido e o bloco europeu divulgarem seu índice PMI Global composto de março. O país britânico anunciará sua taxa de juros, com expectativa de 5,25% pelo consenso LSEG.