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Por Sergio Goncalves e Catarina Demony
LISBOA (Reuters) – A Aliança Democrática de centro-direita de Portugal estava a caminho de terminar em primeiro lugar nas eleições parlamentares deste domingo, um pouco à frente dos socialistas, atualmente no governo, mas aquém de uma maioria absoluta, mostraram pesquisas de boca de urna, apontando para negociações difíceis com a extrema-direita.
As pesquisas apontavam que o partido populista de extrema-direita Chega deve mais do que dobrar seu resultado na última eleição no início de 2022, quando obteve 7,2%.
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É provável que ele desempenhe um papel central nas negociações pós-eleitorais. No entanto, até o momento, a Aliança Democrática (AD) descartou qualquer acordo com o Chega, o que poderia resultar em um governo instável.
As pesquisas divulgadas pelos três principais canais de televisão SIC, RTP e TVI colocavam a AD na faixa de 27,6% a 33,0%, com o Partido Socialista um pouco atrás, com 24,2% a 29,5% dos votos.
As seções eleitorais fecharam às 20h (horário local).
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A eleição foi desencadeada pela renúncia do primeiro-ministro socialista António Costa em meio a uma investigação de corrupção há quatro meses.
O Partido Socialista, de centro-esquerda, e o Partido Social Democrático (PSD), que lidera a recém-criada Aliança Democrática, têm se alternado no poder desde o fim de uma ditadura fascista, há cinco décadas.
As questões que dominaram a campanha no país mais pobre da Europa Ocidental incluíam uma forte crise habitacional, baixos salários, saúde precária e corrupção, vista por muitos como endêmica nos principais partidos.