Petrobras (PETR4): vem aí um dia negativo para ação? ADR caiu 9% na NYSE antes do balanço

Notícias sobre proventos abalaram os ativos da companhia antes da divulgação do resultado

Equipe InfoMoney

Logotipo da Petrobras no prédio da sede da empresa no centro do Rio de Janeiro (Wagner Meier/Getty Images)
Logotipo da Petrobras no prédio da sede da empresa no centro do Rio de Janeiro (Wagner Meier/Getty Images)

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Os momentos antes da divulgação dos resultados – e principalmente, dos dividendos – da (PETR4) foram marcados por tensão.

A demora na divulgação dos resultados e os rumores sobre o não pagamento de dividendos extraordinários fizeram com que os ADRs (American Depositary Receipts, ou ações negociadas na Bolsa de Nova York) PBR (equivalentes ao PETR3) chegassem a cair mais de 13% no after market, por volta das 21h (horário de Brasília).

O papel encerrou a negociação pós-mercado às 22h – antes da divulgação do balanço da Petrobras- com queda de 9,10%, a US$ 15,18. As notícias sobre os proventos foram divulgadas posteriormente, mais precisamente às 22h06, com a companhia adotando a política de pagamento de 45% do seu fluxo de caixa livre, anunciando a proposta do Conselho de pagar R$ 14,2 bilhões e deixando R$ 43,9 bilhões restantes para a reserva de remuneração do capital. Analistas de mercado esperavam pagamentos extraordinários entre US$ 4 bilhões e US$ 9 bilhões para o período.

Além disso, a divisão do Conselho sobre o pagamento dos proventos também deve repercutir entre os investidores nesta sexta.

De acordo com o Valor, a diretoria da Petrobras propôs o pagamento de dividendo extraordinário, sendo metade destinada para a reserva de capital e a outra metade direcionada aos acionistas. No entanto, a proposta não foi aprovada. A reunião também teria evidenciado a divisão no conselho e o isolamento de Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, que também ocupa um assento no colegiado. Dos 11 conselheiros, os cinco ligados ao ministro Alexandre Silveira e Rosângela Buzanelli, representante dos funcionários, votaram contra o pagamento dos dividendos extraordinários. Prates se absteve e os quatro conselheiros minoritários votaram a favor, cita a publicação.

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