Lula convida Zema para ir a Brasília; reunião consta na agenda do presidente

Provável tema da conversa será a dívida de Minas Gerais com a União; presidente e governador se encontraram em BH em fevereiro

Equipe InfoMoney

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), recebe o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), recebe o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), disse nesta terça-feira (5) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (MDB), para reunião em Brasília na quarta-feira (6). Um provável tema da conversa será a dívida de Minas Gerais com a União.

Lula esteve em Minas Gerais em fevereiro, e Zema participou de um ato público com o presidente, apesar de os dois serem adversários políticos. Em sua primeira visita ao estado desde que tomou posse, o presidente falou em “relação civilizada”, enquanto Zema afirmou: “Temos muito a conversar”. O governador também pediu uma reunião com o petista, o que não aconteceu na época.

À noite, o encontro passou a constar na agenda da Presidência da República. A reunião está marcada para as 17h desta quarta, no Palácio do Planalto, e deve contar também com a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).

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Zema tenta recuperar espaço na discussão sobre a dívida de seu estado. O debate foi puxado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em canal direto com Lula e sem a participação do governador (Pacheco deverá ser candidato ao comando do Executivo mineiro em 2026).

Padilha revelou o encontro em frente ao Palácio da Alvorada, onde Lula se encontrará com senadores e ministros ainda nesta terça — Pacheco também participará. Antes, o ministro das Relações Institucionais estava no Planalto em conversa com os colegas Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).

MP da reoneração

Padilha também afirmou que o governo não fará mais alterações na medida provisória (MP) que interrompeu a reoneração da folha de pagamentos — o que significa que o Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) continuará sem validade. O ministro falou em negociar uma proposta sustentável para o setor.

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Mais cedo, Haddad se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), além de líderes partidários, e disse que o governo deverá encaminhar um novo projeto de lei (PL) para tratar da situação do Perse, programa de apoio ao setor de eventos criado na pandemia e mantido nos anos seguintes pelo Congresso, e do desconto na contribuição previdenciária de municípios.

(Com Estadão Conteúdo)

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