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A China renovou a meta de crescimento do produto interno bruto (PIB) “em cerca de 5%” para 2024, a mesma mensagem passada e cumprida no ano passado. A estimativa foi apresentada nesta terça-feira (5) pelo primeiro-ministro Li Qiang, durante a leitura do primeiro relatório de trabalho governamental da tradicional reunião “Duas Sessões”.
O encontro de uma semana é composto de duas reuniões paralelas: a da CCPPC, uma conferência consultiva política do povo chinês, e a do Congresso Nacional do Povo.
Li Qiang também disse que a China espera criar mais de 12 milhões de novos empregos urbanos, mantendo ao mesmo tempo a taxa de desemprego urbano em 5,5% e a inflação anual em 3%.
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“Devemos fazer mais para promover o emprego para os jovens e fornecer melhor orientação e serviços para ajudá-los a garantir empregos ou a iniciar negócios”, afirmou.
Em seu discurso, o primeiro-ministro admitiu que a recuperação econômica tem sido difícil após a pandemia e que o ambiente externo global afetou negativamente o desenvolvimento do país.
Ele diz que o governo também reformará o sistema tributário e fiscal, sem dar mais detalhes.
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Os especialistas Neil Thomas e Jing Qian, do Centro de Análise da China, disseram ao jornal South China Morning Post que, em comparação com o ano passado, uma meta de crescimento de cerca de 5% ainda é relativamente ambiciosa.
“Especialmente tendo em conta a morna recuperação pós-covid da China, os desafios do setor imobiliário, a deflação recorrente e a diminuição da confiança das empresas e dos consumidores. Essa marca sinalizaria um foco tático no retorno da confiança e dos gastos”.
Taiwan e gastos militares
Li Qiang não se ateve apenas a temas econômicos. Ele disse que o Exército de Libertação Popular deve “fortalecer o treino militar e a preparação em todos os níveis”. Também foi anunciado que o orçamento militar do país aumentará 7,2% e será fixado em 1,66 biliões de yuans (cerca de US$ 231,4 bilhões).
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Sobre Taiwan, ele disse que Pequim vai se opor resolutamente à “independência de Taiwan” e à interferência externai. Segundo o primeiro-ministro, a China promoverá o desenvolvimento pacífico das relações através do Estreito de Taiwan e avançará “inabalavelmente” na “grande causa da reunificação”.
Ele disse ainda que que Pequim está comprometida com o princípio de Uma Só China e que o governo opõe-se firmemente aos separatistas, defendendo os interesses fundamentais da nação chinesa.