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Uma loira estonteante entra arrancando sussurros de metade do restaurante. Atrás dela, um moreno, daqueles de capa da Vogue, assanha a outra metade.Ela de sapatênis e vestido colorido de verão. Ele de tênis sem marca, camiseta preta e calça jeans.
Gente cool por toda parte
O lugar é bem bonito. Aliás, o nome do lugar é Bonito. Estou em St. Barth, ilha ícone de elegância do Caribe e refúgio de gente rica e descolada de todo o mundo.
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É um dos mais badalados, charmosos e bonitos botecos que já conheci. Na verdade não tem nada de boteco, mas eu gosto de chamar assim. É um misto de lounge despretensioso com restaurante charmoso porém decorado com primor e sabor. Frutos do mar são o carro chefe. Mas tem vários outros tipos de “belisquetes”. O clima aqui é o que predomina na ilha. Descolado chique, simples.St. Barth, neste sentido, é privilegiada. Longe do turismo de massa, dificultado pelo difícil acesso, é um lugar um tanto contraditório. Apesar da atitude “discreta” das pessoas, tem, provavelmente, a maior coleção de restaurantes estrelados do planeta concentrados em uma única ilha. São mais de 80. Só de estrelas Michelin abriga uma constelação. Os chefs Christian Le Squer (George V) e Arnaud Donckele (La Vague D’Or) três estrelas Michelin , aparecem vez por outra. Guy Martin (Le Grand Véfour) e Sylvestre Washid (L’Oustau de Baumiére), duas estrelas Michelin, também! Todos são vistos trabalhando ou mesmo “veraneando” em St. Barth. Aproveitam para esticar um olho na concorrência.
Uma estupenda lagosta grelhada na casca chega à minha mesa! Estou no restaurante “pé na areia” do hotel Relais&Châteaux Le Toiny. Serviço, produtos, atendimento, tudo perfeito, tudo de alto nível, inclusive a conta. St. Barthélemy tem DNA e savoir faire franceses. Descoberta em 1493 por Cristóvão Colombo, era uma ilha árida e deserta até meados da década de 60 quando a família Rockefeller a descobriu. Comprou vários terrenos, ergueu mansões e fez seu refúgio no Caribe, longe de olhos bisbilhoteiros e gulosos. Vieram outros ricaços, amigos dos Rockfeller e, poucos anos depois, St. Barth se transformou na Meca dos poderosos de plantão. Não é a toa que sempre fervilham restaurantes e hotéis cinco estrelas. Chapelão, sandálias e vestido colorido, madame J. Sibuet fala, encantada, sobre sua última propriedade. Entre um vinho rosé e um bom azeite – ambos fabricados pela família na França – me sinto felizardo e cobaia. Felizardo porque quem conhece as propriedades Sibuet sabe a qualidade de tudo que fazem. Cobaia porque é a primeira vez que o restaurante François Plantation abre as portas oficialmente. Há centenas de metros de altura, com St. Barth aos meus pés, me sinto poderoso. E feliz.
Do mar para a mesa Ceviche de dourado com abacate e ervas frescas com maracujá abre os trabalhos. Fresco. Saboroso. Quase frugal. Lagosta cozida e batatas vem na sequência. Absolutamente simples e no ponto. Uma pissaladière de massa folhada com aliche e rúcula fecha o primeiro almoço do Villa Marie, a mais recente propriedade do grupo Sibuet. “Trabalhamos duro, em família, para garantir a excelência em tudo que fazemos” decreta Mme J. Sibuet. É, penso eu, St. Barth é chique e simples ao mesmo tempo. No Sand Bar, outro pé na areia do hotel Eden Rock, a sensação é a mesma. “Sofisticação é bom, mas comida boa é melhor ainda” garante Charlotte Darnaud gerente de vendas do lugar. Foi aqui eu comi algo que adoro duplamente: pizza e trufas negras. Exato: pizza de trufas negras! À beira mar, marolas e lua cheia a minha frente, descobri o jeitinho francês de fazer tudo sem stress…. Seja no classudo e refinado restaurante Bartholomeo no hotel Le Guanahani ou no Le Cabane de Isle, do icônico Cheval Blanc, a sensação é a mesma: comida fresca e informalidade acima de tudo! Para mim, St. Barth tem uma pura e simples definição do ponto de vista gastronômico: É Paris na praia com a vantagem de comer com os pés na areia e os olhos no mar turquesa do caribe… Ruim hein? Serviço:
Lounge bar restô Bonito
O lugar vive lotado e, ao mesmo tempo, é silencioso
Tacos de guacamole com salmão com ervas frescas
Restaurante Bartholomeo: sticks de salmão e Mojito de champagne!
Há tantos – e tão bons – restaurantes na ilha que é difícil dizer qual é o melhor.
Servidos?
Savoir fair francês: um cantinho à beira mar…
Sem falar na vista e naquele barulhinho de ondas quebrando a poucos metros da mesa… Ah, “il dolce far niente”! O luxo sem ostentação! O sentimento de paz, serenidade!
Mar calmo e bom tempo desde sempre…
Madame Sibouet: trabalho duro!
Cobaia feliz
Lagosta e basta!
Pissaladière: espécie de pizza tradicional francesa revisitada
O bar pé na areia do hotel Eden Rock
Minha inesquecível pizza de trufas negras, vá bene?
Vida difícil como o quê…
Restaurante Batholomeo, do Hotel Le Guanahani
Uma das muitas vistas de St. Barth
Jornalista Paulo Panayotis: difícil mesmo é ir embora!
Jornalista viajou a convite do escritório de Turismo de St. Barth, representado no Brasil pela CCHotels, e se hospedou no hotel Le Guanahani representado no Brasil pela X-Mart.