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O megainvestidor Warren Buffett disse que deve manter intocadas neste ano as posições da Berkshire Hathaway na American Express e Coca Cola, empresas que considera “negócios maravilhosos”. Em carta anual aos acionistas, publicada hoje, Buffett destacou ainda dois investimentos ampliados em 2023 que pretende manter por tempo indeterminado: as participações na Occidental Petroleum e em cinco companhias japonesas.
O investidor informou que a Berkshire detinha 27,8% das ações ordinárias da Occidental Petrolum ao fim do ano passado. A gestora também detém títulos de garantia que concedem a opção de aumentar sua participação a um preço fixo durante mais de cinco anos.
“Embora gostemos muito de nossa propriedade, bem como da opção, a Berkshire não tem interesse em comprar ou administrar a Occidental. Gostamos particularmente das suas vastas participações petrolíferas e de gás nos Estados Unidos, bem como da sua liderança em iniciativas de captura de carbono”, afirmou. Ele também elogiou a gestão da CEO Vicki Hollub à frente da Occidental.
Buffett comunicou ainda que a Berkshire tem participações de cerca de 9% na Itochu, na Marubeni, na Mitsubishi, na Mitsui e na Sumitomo, e que acordou com cada empresa que não vai comprar ações que levem esse porcentual acima de 9,9%. “Nosso custo para as cinco totaliza 1,6 trilhão de ienes, e o valor de mercado das cinco ao final do ano era de 2,9 trilhões de ienes. No entanto, o iene enfraqueceu nos últimos anos e o nosso ganho não realizado ao final do ano em dólar foi de 61%, ou US$ 8 bilhões”, escreveu.
Na carta, Buffett ainda comentou o balanço do quarto trimestre de 2023 da Berkshire Hathaway, divulgado instantes antes de a carta ser publicada. O investidor instou os acionistas a focarem nos “lucros de operação”, em vez do lucro líquido. “A principal diferença entre o lucro líquido e o que a Berkshire prefere é que excluímos ganhos ou perdas de capital não realizados que por vezes podem exceder US$ 5 bilhões de dólares por dia”, explicou.
Buffett abriu a carta com uma homenagem a Charlie Munger, que morreu em novembro aos 99 anos e a quem chamou de “o arquiteto da Berkshire Hathaway”. Munger foi vice-presidente da Berkshire.