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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca nesta terça-feira (13) para a África, onde visitará o Egito e a Etiópia, países que passaram neste ano a fazer parte dos Brics (grupo econômico originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos também entraram no grupo, com apoio do Brasil.
Esta será a primeira viagem internacional do presidente em 2024. Em 2023, Lula priorizou agendas no exterior, em uma tentativa de reposicionar o Brasil no cenário global. Neste ano, contudo, o foco do chefe do Palácio do Planalto deve se voltar aos deslocamentos nacionais, com o objetivo de fortalecer candidatos aliados nas eleições municipais.
Será a segunda viagem de Lula ao continente africano em seu terceiro mandato. Em agosto, o petista visitou países como África do Sul, onde participou de uma cúpula do Brics, e Angola.
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Lula embarca às 14h para o continente africano, da Base Aérea de Brasília, e a chegada do petista está prevista para às 21h40 na Ilha do Sal, em Cabo Verde, segundo a agenda oficial divulgada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom). De lá, partirá às 23h10 em direção ao Cairo, capital do Egito.
Lula terá compromissos no Egito na quarta-feira (14) e na quinta (15). Depois, viajará para Adis Abeba, capital da Etiópia, onde participará como convidado da 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana entre sexta-feira (16) e domingo (18).
“[A Etiópia] é também um país com o qual o Brasil pode desenvolver um comércio mais forte. É um país que tem tido um crescimento econômico forte e significativo e é um mercado importante”, afirmou na semana passada o embaixador Carlos Duarte, secretário de África e Oriente Médio do Itamaraty.
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O governo destaca a convergência entre o Brasil e os países africanos nas prioridades que norteiam a presidência brasileira no G20 neste ano: o combate à desigualdade e à fome; a sustentabilidade e a transição energética; e a reforma dos organismos internacionais, para permitir maior participação de nações em desenvolvimento nas decisões globais.
Guerra Israel-Hamas
Em um comunicado, o governo também ressaltou que as relações com o Egito se estreitaram nos últimos meses, em meio às negociações para a repatriação de brasileiros que estavam na Faixa de Gaza, palco da guerra entre o grupo terrorista Hamas e Israel. Os resgatados precisam passar pelo território egípcio.
“O Egito é um ator importante na região. Esse diálogo se deu nos mais diversos níveis para conseguir a repatriação dos brasileiros. Essa circunstância tornou a relação ainda mais importante”, disse Duarte. “A expectativa é de que o governo egípcio aprove em breve novos abatedouros e frigoríficos no Brasil para exportação de carne bovina”.
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Além disso, o Planalto disse que também será discutida a abertura de uma rota aérea entre São Paulo e o Cairo. Segundo o Itamaraty, Lula pode ter na Etiópia um encontro bilateral com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. “É natural que agora isso também ocorra lá, embora não tenhamos ainda a confirmação de todas as bilaterais”, disse o embaixador na semana passada.