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O Goldman Sachs elevou recomendação para ação da Gerdau (GGBR4) de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 26, pois acredita que o sentimento do investidor atingiu seu ponto mais baixo e é provável que as revisões de lucros estejam concluídas. Com isso, na sessão desta sexta-feira (2), os ativos fecharam com alta de 2,38%, a R$ 21,47.
O banco cita que as expectativas do consenso Bloomberg para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2024 da Gerdau foram rebaixadas em cerca de 20% em relação ao pico de junho de 2023, agora em torno de R$ 10,5 bilhões.
Diante disso, o Goldman acredita que o ciclo está propenso a ser revertido dado pessimismo elevado dos investidores em relação à Gerdau e ao ciclo do aço. Embora os catalisadores para essa reversão não devam ser vistos a curto prazo, o banco considera que os níveis de valuation estão atrativos, e recomenda que os investidores comprem antes de um eventual ciclo de revisão positiva.
Para analistas, uma revisão positiva pode ser impulsionada por aumento das tarifas de importação no Brasil e aumento de preços domésticos no Brasil (anunciado para fevereiro e potencialmente apoiado por algum impulso de preços na China, um aumento de 10% nos preços equivale a um aumento de 23% no Ebitda consolidado da Gerdau), além de revisões positivas para os negócios na América do Norte, à medida que os investidores ganham convicção sobre as perspectivas de maior lucratividade na empresa.
A equipe de research do banco também destaca que as revisões para cima nos gastos de capital foram realizadas, e embora acredite que a Gerdau operará acima dos níveis de manutenção pelos próximos 3 anos, o perfil de fluxo de caixa livre em uma base normalizada parece cada vez mais interessante (por exemplo, 14% de rendimento de FCF com base em ganhos normalizados e gastos de capital normalizados).
Em termos de avaliação, o banco vê a Gerdau sendo negociada a 4,4 vezes/3,9 vezes Valor da Firma (EV)/Ebitda para 2024 e 2025 (em comparação com a média histórica de 5,5 vezes em 10 anos) e com um rendimento de fluxo de caixa (FCF) de 6-9% (13-16% excluindo o capex de crescimento), o que considera atrativo.