Golpe da Maquininha, troca de cartão e furto: como livrar o bolso das fraudes do Carnaval?

Deletar aplicativo de e-mail, limitar transferência via Pix e até um celular reserva são saídas preventivas

Maria Luiza Dourado

Milhares de foliões em bloco de Carnaval no Brasil
Milhares de foliões em bloco de Carnaval no Brasil

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O Carnaval, festa mais popular do Brasil, começa oficialmente na próxima sexta-feira, 9 de fevereiro, mas, além da diversão, a folia pode ser um repositório de golpes financeiros, com grande potencial de vitimar o bolso de quem estiver eufórico e distraído.

Entre os principais perigos no Carnaval estão:

Neste contexto, é importante tomar medidas de proteção antes mesmo de sair de casa, segundo especialistas consultados pelo InfoMoney. Veja abaixo algumas delas:

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Cuidados com o Pix

A Febraban informa que todo usuário pode configurar, no app do seu banco, o limite de transferência via Pix, criando uma barreira para transações com valores maiores que o estipulado.

A funcionalidade está disponível na internet banking e nos aplicativos bancários na área “Meus Limites Pix”.  “Antes de sair de casa, ajuste os limites do Pix para valores que for usar na festa”, adverte Adriano Volpini Febraban, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.

Ao pagar com QR Code, confira com atenção todos os dados do pagamento e se a loja escolhida é realmente quem irá receber o dinheiro. Só após essa checagem detalhada, faça a transferência.

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Cuidados com o celular

Quem gosta de cair na folia precisa redobrar a atenção quando estiver na aglomeração, já que é nesse cenário que criminosos aproveitam para furtar celulares — aparelhos que reúnem quase que a totalidade das informações mais sensíveis de alguém (fotos, aplicativos de mensagens, banco e redes sociais).

O potencial de perda pode ser maior quando o roubo ou furto do aparelho ocorre durante o uso, ou seja, quando o aparelho está desbloqueado, situação em que o criminoso terá acesso facilitado a senhas eventualmente armazenadas em aplicativos e sites. De posse dessas informações, tentam ingressar no aplicativo do banco.

Levar um modelo de celular mais simples para pular Carnaval é uma boa estratégia, dizem os especialistas consultados. Se você não tiver um aparelho reserva, certifique-se de que o rastreamento do seu celular esteja ativado e que ele esteja bem protegido por senhas.

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Atenção aos aplicativos sensíveis

Outras dicas para o folião estão relacionadas aos aplicativos que ele deve ou não manter no celular para ir a um bloquinho de Carnaval ou a uma festa, segundo Túlio Iannini, CEO da U4C, fintech que oferece a plataforma completa para criação de bancos digitais white label.

A primeira dica é fechar todos os aplicativos antes de sair de casa. Verifique se todos os seus apps foram encerrados sem o login de acesso feito. Esse cuidado serve, sobretudo, para o aplicativo do banco. “Sempre que utilizá-lo, tenha o hábito de fechar o acesso”, orienta Iannini.

E quando o assunto é aplicativo de banco, a orientação de Iannini é “confundir o inimigo”, instalando aplicativos de diferentes bancos no seu celular.

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“Escolha um deles para ser utilizado exclusivamente nas operações Pix durante o Carnaval, preferencialmente um que ofereça segurança e não seja muito conhecido. Coloque o aplicativo junto de outros que não tenham relação com a área financeira. Essa estratégia dificultará a vida de quem tentar acessar a sua conta [no caso de furto ou roubo]”, complementa.

Por último, mas não menos importante, apague o aplicativo de e-mail do seu celular. “Através do e-mail, os fraudadores podem obter dados importantes, como o acesso ao aplicativo do seu banco”,

De olho na tela da maquininha

No meio da agitação, os criminosos apostam na distração dos foliões na hora do pagamento com cartão na maquininha para trocá-lo ou aplicar o “golpe da maquininha”.

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Os golpistas prestam atenção quando você digita sua senha na maquininha e depois trocam o cartão na hora de devolvê-lo. Com o cartão e senha em mãos, começam a fazer compras. Por isso, a Febraban elenca as seguintes dicas:

O cliente também pode pedir o comprovante impresso da transação ou verificar se o valor está correto nas mensagens SMS que recebe no app do banco. Isso vale também para as operações feitas via contactless (sem contato). No caso de pagamento via QR Code ou transferência, confira o valor e o destinatário do dinheiro.

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Maria Luiza Dourado

Repórter de Finanças do InfoMoney. É formada pela Cásper Líbero e possui especialização em Economia pela Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.