Publicidade
As ações do IRB (IRBR3) registraram ganhos expressivos após o ressegurador divulgar seus números de novembro, fechando em disparada de 10,60%, a R$ 41,48, a maior alta do Ibovespa na sessão desta terça-feira (23).
A companhia registrou lucro líquido de R$ 24 milhões em novembro, revertendo resultado negativo de R$ 48,5 milhões no mesmo mês de 2022. Nos primeiros 11 meses de 2023, o IRB acumulou lucro líquido total de R$ 110,1 milhões, contra prejuízo de R$ 633,7 milhões no mesmo período do ano anterior.
Conforme aponta o Citi, a melhoria sequencial foi impulsionada em parte por prêmios mais fortes, que atingiram R$ 583 milhões no mês (também em alta anual de 8%).
Continua depois da publicidade
O índice de retrocessão ficou em 25% no mês e o índice de sinistralidade em 57% – uma boa combinação para rentabilidade, na avaliação do banco americano.
“A nossa leitura dos números é que as preocupações do mercado de que o furacão que atingiu o México no final de outubro teria impacto no índice de perdas não se materializaram”, avalia o banco.
No trimestre, o lucro líquido do 4T23 acumulado é atualmente de R$ 34 milhões, contra o lucro líquido do 3T23 de R$ 48 milhões. “Acreditamos que a entrega contínua dos planos por parte do IRB poderá gradualmente deixar os investidores mais entusiasmados com o case de investimento, mas as preocupações de curto prazo decorrentes do El Niño poderão atrasar qualquer reação dos preços”, aponta o Citi.
Continua depois da publicidade
O JPMorgan vê melhora de sinistralidade, mas leve aumento das despesas operacionais. De qualquer forma, o banco espera mais um ano desafiador pela frente, com uma combinação de: (i) crescimento ainda tímido de prêmios emitidos; (ii) potencial deterioração na taxa de sinistralidade rural; (iii) redução da Selic sendo um vento contrário aos rendimentos financeiros.
Com um valuation para IRBR3 de P/BV (Preço sobre Valor Patrimonial da Ação) de 1,1 vez, o JPMorgan tem recomendação underweight (exposição abaixo da média, equivalente à venda) para a ação. Já o Citi tem recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 44, o que configura um potencial de valorização de 16% em relação ao fechamento da véspera.
(com Reuters)