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O momento econômico é de inflação alta, taxa básica de juros crescente e com isso, taxas creditícias em percentuais descabidos, impactando nos resultados do mercado que se apresenta arrefecido.
O comércio precisa de faturamento para arcar com as suas responsabilidades financeiras e não muito raro, surgem promoções interessantes. Tem aparecido “Black Night”, Dia do Consumidor, Páscoa (antecipada), Taxa Zero e uma série de outras propostas comerciais que possam justificar a apresentação de descontos que animem o consumidor a gastar.
O problema é que, assim como as empresas, as pessoas físicas também estão sem dinheiro. O supermercado está mais caro, os almoços e jantares já não são mais os mesmos, as despesas com água, energia elétrica e combustível correspondem a uma parte maior do orçamento doméstico e a alta taxa de desemprego passa a ser um indicador preocupante.
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O ideal é que tenhamos uma economia aquecida, com as pessoas comprando, gastando, fazendo circular o dinheiro, mas quando as despesas aumentam além das receitas, não há milagre que faça com que haja equilíbrio financeiro se o comportamento financeiro permanecer inalterado.
Se pagar as contas em dia e evitar a inadimplência já é difícil para uma grande massa da população, que dirá readequar o orçamento em tempos de crise.
É um cabo de guerra. De um lado, as empresas precisando vender e se utilizando de ferramentas mercadológicas que surtam efeito. Segurando o outro lado da corda está o consumidor com o pé no freio, mas que não resiste à tentação de uma boa oferta.
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O lado das empresas parece mais forte já que possuem profissionais treinados para puxar a corda, cabe ao consumidor se fortalecer para conseguir o equilíbrio e não se esborrachar, dado que a vitória é praticamente impossível.
A educação financeira entra nesse cenário como uma ferramenta eficaz no fortalecimento do consumidor. Bem informado, consciente dos seus objetivos e com planejamento financeiro adequado, ficam reduzidas as chances de estourar a corda do seu lado.
Para resistir às promoções é importante que o indivíduo conheça bem as origens de seus recursos como salário e demais entradas de caixa, mas reconhecer as destinações é fundamental. Com foco naquilo que é essencial, reduzem as possibilidades do consumidor se distrair com as ofertas, que parecem tentadoras.
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Fazer uma lista daquilo que tem para pagar e priorizar os gastros com bens de consumo pode ser uma alternativa para evitar a compra por impulso e ser fisgado pelos eficientes vendedores.
O brasileiro não está acostumado com a queda de preços e na primeira oportunidade, com receio de nova alta, se endivida e inflaciona novamente o mercado.
É momento de cautela, de reflexão, de readequação orçamentária e de não se empolgar demais com as promoções. Os preços estão em um nível alto e precisam encontrar o seu equilíbrio. É uma questão de tempo.