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As ações das petroleiras juniores da Bolsa – PRIO (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) – têm uma sessão de perdas nesta quarta-feira (17), próximas a 3%. Por volta das 13h30, PRIO3 cai 3,05%, a R$ 44,41, enquanto RRRP3 cede 3,7%, a R$ 27,35.
No acumulado deste ano, porém, os desempenhos são distintos: PRIO soma queda de 3,4% e 3R sobe 4,1%. Nos últimos 12 meses, contudo, o sinal é inverso: PRIO3 sobe 14% e 3R recua 37%.
Como comparação, as ações PN da Petrobras (PETR4) operam hoje com queda de 0,3%, a R$ 37,96, entretanto em 12 meses saltam mais de 100%. Apenas em 2024, os papéis da estatal sobem 1,%.
Na sessão desta quarta, os preços das cotações do petróleo pressionam negativamente as ações do setor, com o Brent e o WTI cedendo cerca de 1%, refletindo o crescimento chinês – 2º maior mercado da commodity – aquém do esperado.
Isso acontece mesmo em meio aos conflitos no mar vermelho, que atrapalham o fluxo de navios na região e vêm elevando os custos de fretes, assim como pressionando o preço da commodity.
Para entender as perspectivas das ações, com base na análise técnica de PRIO e 3R Petroleum, o InfoMoney consultou o analista técnico Rodrigo Paz. Confira, a seguir, o que esperar das petroleiras juniores.
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PRIO3: Análise técnica
Segundo Paz, na visão de médio prazo, PRIO3 segue negociando acima da linha de tendência de alta (LTA), traçada pelos últimos fundos gráficos, desde agosto de 2022. Porém, acrescenta, nota-se lateralização após atingir o topo histórico, na faixa de R$ 51,27.
“Neste momento, o ativo negocia abaixo das médias de curto prazo (MME9 e MMA20), e, caso perca faixa de suporte, ainda terá a LTA; mas, se rompida, reverterá a tendência no médio prazo, podendo intensificar movimento baixista.”
Conforme ele, as principais faixas de suporte estão nos R$ 43,70 e R$ 41,20. Caso rompa esta faixa, reforça, perderá suporte e LTA, e seguirá com potencial baixista, com alvo nos R$ 32,80 e R$ 29,00.
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Para seguir no movimento de alta, acrescenta, precisa retomar os preços acima das médias, para então buscar o alvo mais curto, na região do topo histórico, na faixa dos R$ 51,27. “Com esse rompimento, tende a ganhar maior volume comprador.”
Em relação ao curto prazo, Paz aponta que o ativo vem negociando com suas médias móveis bem próximas, “o que mostra o atual momento de lateralização”. “Porém, conseguimos traçar uma linha de tendência de baixa, ligando os últimos topos do gráfico diários.”
Paz ressalta que para o ativo retomar o movimento de alta terá que romper a linha traçada, para, então, buscar a faixa de R$ 49,75 e, posteriormente, a região de topo histórico, nos R$ 51,27. O rompimento desta faixa, acrescenta, “tende a intensificar o fluxo comprador”.
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“Mas é necessário bastante atenção se o ativo perder a faixa de suporte nos R$ 43,00 e a média de 200, nos R$ 42,40, pois isso tende a intensificar movimento vendedor, com potencial de buscar faixa de suporte nos R$ 39,00 e nos R$ 37,90.”
Confuso sobre o que é suporte e o que é resistência? Confira nosso guia sobre análise técnica
RRRP3: Análise técnica
Partindo para 3R, o analista entende que, no médio prazo, as ações negociam próximas a importante linha de suporte, nos R$ 26,00, “região que segurou muito bem em algumas ocasiões, impulsionando fortes movimentos de compra.”
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“É importante se atentar ao suporte de R$ 26,00, se tratando de um fortíssimo suporte. Caso seja perdido, poderá intensificar bem as quedas, a fim de buscar as faixas de R$ 23,66 e a mínima histórica do ativo, nos R$ 20,00.”
Para impulsionar altas, reforça ele, será necessário superar a média de 21 períodos, na faixa de R$ 30,25, para então buscar R$ 33,40 e R$ 39,00.
Olhando para o curto prazo, pelo gráfico diário de RRRP3, pode-se ver a movimentação de alta dos últimos dias, quando o ativo atingiu a faixa de suporte dos R$ 26,00.
“Após essa alta, vem formando movimento corretivo, porém pode formar um pivô de alta para buscar reversão de tendência. Esse pivô só acontecerá se não perder o fundo dos R$ 26,00, e será confirmado ao romper o topo que formou nos R$ 29,38”, diz.
Conforme ele, isso tende a impulsionar novas altas, com objetivo na faixa de média nos R$ 31,13 e dos R$ 33,16. Caso siga com fôlego comprador, poderá buscar, complementa Paz, a faixa de R$ 39,00.
“Mas muito atenção à faixa dos R$ 26,00, pois se romper irá desconfigurar o possível pivô e seguirá movimento baixista, a fim de buscar suporte nos R$ 23,66 e R$ 20,00.”
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