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O spread (diferença) entre ações ordinárias (ON; PETR3) e preferenciais (PN; PETR4) da Petrobras ficou próximo a 16% nos últimos 10 anos. Recentemente, contudo, a diferença diminuiu para cerca de 4%, com a cotação PN se aproximando da ON, abaixo de um desvio padrão para um período de 10 anos.
Segundo o BBA, o estreitamento acompanhou o anúncio da nova política de remuneração aos acionistas da companhia em julho de 2023 e a execução do programa de recompra de ações, iniciado em agosto de 2023.
“O programa de recompra de ações da Petrobras compreende apenas as ações preferenciais, com até 157,8 milhões de ações disponíveis para aquisição (cerca de 3,5% do free float desta classe de ações)”, explica o relatório. A empresa recomprou 104,1 milhões de ações em dezembro de 2023, completando 66% do programa e contribuindo para a diminuição do spread ON-PN.
O Itaú BBA lembra que o spread ON-PN tende a ficar acima da média em períodos de maior percepção de risco para o histórico de investimentos da empresa – como foi o caso durante a investigação da Operação Lava Jato (especialmente entre 2014 e 2016) e a greve dos caminhoneiros (2018).
O spread entres os papéis pode ser afetado pelos fluxos, sendo que o fluxo de investidores internacionais tende a ter maior impacto nas ações ordinárias, enquanto o posicionamento dos investidores locais tende a ter maior impacto nas ações preferenciais.
Com isso, o BBA espera que o spread provavelmente retornará aos níveis históricos e que esse movimento poderá ser catalisado pelo fim do programa de recompra. No recente ritmo de recompra (25 milhões de ações por mês), o programa de recompra poderia ser concluído até fevereiro (antes da data de fechamento em agosto), tornando a ação PN menos atraente do que a ação ON.
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Confira o histórico dos últimos anos de PETR3 versus PETR4:
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