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O presidente da Argentina, Javier Milei, comunicou aos integrantes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que rejeita o ingresso do país ao bloco, de acordo com uma carta divulgada oficialmente nesta sexta-feira (29).
No documento, datado de 22 de dezembro, Milei argumenta que a política externa de seu novo governo difere da desenvolvida pela administração anterior.
Em 19 de novembro, ele foi eleito presidente da Argentina com mais de 55% dos votos, derrotando o candidato governista, Sérgio Massa – que defendia o acordo costurado pelo ex-presidente Alberto Fernández, que deixou a Casa Rosada neste mês.
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Argentina vai rever suas prioridades
Segundo a carta, “algumas decisões tomadas pela administração anterior serão revistas”. “Nesse caso, não é considerado oportuno que a República da Argentina se junte ao Brics como membro pleno a partir de 1º de janeiro de 2024”, diz a carta.
A atual ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, já havia dito em novembro que o país não entraria para o grupo.
O próprio Milei, ao longo da campanha, afirmou que não iria “se alinhar com comunistas”, em referência ao Brasil e a China. Segundo ele, o alinhamento geopolíticos seria com países como Estados Unidos e Israel.
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Além disso, Milei escreveu que pretende intensificar as relações bilaterais, especialmente em termos de fluxos comerciais e investimentos.
A Argentina foi um dos seis países convidados a se juntar ao Brics, em uma cúpula realizada em agosto do ano passado, como parte do esforço do grupo para reorganizar uma ordem mundial dominada pelo Ocidente que eles consideram obsoleta.
Foram convidados, além da Argentina, a Árabia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Egito, a Etiópia e o Irã.
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(Com Clarin e Reuters)