Telefónica estuda oferta por unidade de clientes de banda larga por fibra da Oi (OIBR3), dizem fontes

As deliberações ainda são preliminares, e a Telefónica ainda não abordou a Oi, disseram as fontes à Reuters

Reuters

(Envato/leungchopan)
(Envato/leungchopan)

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LONDRES (Reuters) – A Telefónica está explorando uma possível oferta por uma unidade da Oi (OIBR3) que fornece serviços de banda larga por fibra para clientes de varejo e empresas, disseram quatro fontes com conhecimento da situação, em uma tentativa de expansão em seu segundo maior mercado.

O conselho da Oi, que entrou com pedido de recuperação judicial no início deste ano, contratou assessores em outubro para estudar opções estratégicas para sua base de clientes de banda larga por fibra, chamada UPI ClientCo.

O grupo espanhol de telecomunicações, que opera no Brasil por meio de sua subsidiária Telefônica Brasil, vem discutindo a possível medida com consultores financeiros, disseram três fontes, que falaram sob condição de anonimato.

As deliberações ainda são preliminares, e a Telefónica ainda não abordou a Oi, acrescentaram.

O presidente-executivo da Telefônica Brasil, Christian Mauad Gebara, questionado em novembro sobre a venda dos ativos da Oi durante apresentação de resultados do terceiro trimestre, disse que a empresa participa “em tudo relacionado a qualquer oportunidade no negócio de fibra”.

Outros concorrentes no mercado brasileiro, como a Claro, da América Móvil, e a TIM (TIMS3), também podem considerar ofertas, afirmaram duas fontes.

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A Telefónica e a América Móvil se recusaram a comentar. A Telecom Italia não estava imediatamente disponível para comentar, enquanto um porta-voz da subsidiária brasileira, TIM Brasil, não comentou.

A Oi originalmente esperava vender 40% da ClientCo em 2025 por 4,8 bilhões de reais como parte de um plano de reestruturação apresentado em maio, implicando uma avaliação de mais de 2,4 bilhões de dólares para o negócio.

No entanto, a unidade — que agora entende-se estar totalmente à venda — provavelmente será avaliada pelos licitantes em uma fração desse valor almejado, dada a difícil situação financeira da Oi e os desafios que qualquer novo proprietário enfrentaria ao migrar os clientes para suas próprias redes, disseram duas das fontes.

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Um porta-voz da Oi se recusou a comentar sobre os licitantes, mas afirmou que a empresa concorda com a avaliação delineada no plano de maio e ainda não tomou uma decisão sobre qual porcentagem da UPI ClientCo venderá, já que as negociações com credores estão em andamento.

A Oi entrou novamente em recuperação judicial em março deste ano, após ter saído de um processo semelhante em dezembro do ano passado, mais de seis anos depois de entrar no que foi, na época, o maior processo de recuperação judicial do Brasil. A empresa tinha 60 dias para apresentar um plano de recuperação, de acordo com um comunicado ao mercado.

Em setembro, a empresa garantiu 300 milhões de dólares em financiamento de devedor em posse do BTG Pactual, que está assessorando a venda da UPI ClientCo.

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Em 2020, a Telefônica Brasil (VIVT3) concordou em adquirir as operações móveis da Oi em um lance conjunto com a TIM e a Claro.

O Brasil é um dos mercados principais da Telefónica, com receitas esperadas de 9,7 bilhões de euros em 2023, de acordo com pesquisa recente do JPMorgan.