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O CEO do GPA, Marcelo Pimentel, negou rumores de que a empresa poderia estar em vias de se tornar uma coporation, sem controle definido, com o interesse de gestoras em compor a base acionária da companhia. “O que aconteceu ontem foi especulação. Não tem absolutamente nada que eu possa falar para vocês que surgiu. Nenhuma correlação com a movimentação específica”, afirmou o executivo, durante o investor day do GPA.
Pimentel se refere à disparada de mais de 15% das ações da companhia no pregão de ontem (5), movimento que teria sido impulsionado pela notícia de que gestoras como Pátria e Advent estariam interessadas em adquirir participações acionárias da varejista, o que o viabilizaria a saída do grupo Casino do controle.
Em junho, o Casino anunciou, em uma atualização de estratégia, sua intenção de vender filias na América do Sul. Em outubro, o grupo francês vendeu sua participação na Almaneces Éxito, da Colômbia, para o grupo Calleja, de El Salvador.
“O Casino demonstrou e publicou que não vai ter interesse futuro nos ativos da América Latina. Vimos a saída do Assaí, o processo de saída de Éxito e estamos acompanhando como vai ficar o Pão de Açúcar”, destacou Pimentel. “Essa pergunta precisa ser direcionada a eles. Não temos ingerência sobre esse ponto”.
O CEO diz que o trabalho do GPA é focar nos negócios no Brasil. “Muito em breve estaremos nos consolidando como negócio 100% brasileiro.”
O GPA vendeu ao Casino uma participação de 34% que possuía na Cnova, operação de e-commerce do grupo francês, e vai embolsar 10 milhões de euros, pago em duas parcelas. A venda foi oficialmente aprovada na semana passada e, quando concluída, o Casino vai ficar com participação societária de 98,8% na Cnova.
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No investor day, os gestores do GPA voltaram a dizer que estão trabalhando na reestruturação de capital da companhia para recuperar a rentabilidade do negócio. A empresa está para receber US$ 156 milhões referentes à sua participação no Éxito.