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Enquanto a taxa básica de juros brasileira segue em ciclo de queda, os ativos de renda fixa entregam retorno cada vez menor ao investidor. Tem sido assim com os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), que já entregam retorno na faixa dos 10,50%, próximos aos títulos do Tesouro Direto.
Um levantamento feito pela Quantum Finance a pedido do InfoMoney mostrou que os prefixados com vencimento em 12 meses pagam, em média, 10,67% ao ano. A menor taxa foi de 10,20%. Os dados consideram os ativos emitidos entre 8 e 21 de novembro. Na leitura anterior, com CDBs emitidos entre 25 de outubro e 7 de novembro, a taxa média para o mesmo período era de 11,16%.
Também houve queda nas taxas de ativos de longo prazo, com vencimento a partir de 36 meses. A remuneração média desses prefixados caiu de 11,87% para 11,21%.
Os papéis mais curtos também pagam cada vez menos. Na leitura anterior, a taxa média para ativos de seis meses era de 11,36%. No levantamento mais recente, a remuneração média foi de 11,10%.
Mesmo com a queda nas taxas, André Alírio, responsável pela distribuição de fundos e renda fixa na Nova Futura Investimentos, acredita que ainda vale a pena investir em CDBs prefixados. Isso porque as taxas tendem a cair ainda mais conforme a Selic é cortada pelo Banco Central.
“Os CDBs prefixados ainda são interessantes se analisarmos uma possibilidade de Selic terminal (a taxa ao fim do ciclo de corte de juros) menor do que a precificada pela curva de juros”, diz o especialista, que completa: “esses ativos tendem a ter bom desempenho em ciclos de corte”. Como esses ativos são marcados a mercado, quando os juros caem, o preço dos ativos emitidos com uma taxa superior à oferecida pelo mercado sobe. Assim, é possível lucrar com a venda antecipada dos títulos.
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O número de prefixados emitidos subiu de 64 no levantamento anterior para 71 na leitura mais recente. O ativo mais rentável, com taxa de 11,85%, foi emitido pelo Banco Daycoval. O papel, porém, tem vencimento em três meses.
Retornos de CDBs prefixados de 08 a 21 de novembro | ||||||
Prazo (meses) | Indexador | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
3 | PREFIXADO | 10,72% | 11,53% | 11,85% | 17 | Bando Daycoval |
6 | PREFIXADO | 10,70% | 11,10% | 11,50% | 19 | Bando Daycoval |
12 | PREFIXADO | 10,20% | 10,67% | 11,10% | 20 | Bando Daycoval |
24 | PREFIXADO | 10,15% | 10,75% | 11,22% | 7 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
36 | PREFIXADO | 10,99% | 11,21% | 11,40% | 8 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
Fonte: Quantum Finance. Obs: Os retornos são brutos, ou seja, não consideram o Imposto de Renda.
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CDBs pós-fixados
Já as taxas dos ativos bancários atrelados ao CDI, houve movimentos mistos. Enquanto a taxa média dos ativos de curto prazo – com vencimento em três e 12 meses – caiu, a remuneração dos papéis mais longos foi maior do que o oferecido no fim de outubro.
A taxa média dos CDBs pós-fixados de três meses caiu de 101,92% do CDI para 101,28%, enquanto a dos papéis de 12 meses recuou de 101,33% para 100,96%.
Por outro lado, a remuneração média dos pós-fixados de 36 meses subiu para 102,05% do CDI ante 100,95%. Nos papéis de 24 meses, a taxa média saiu de 100,26% do CDI para 100,65% da taxa de referência.
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A maior remuneração foi oferecida pelo Haitong Brasil, que emitiu um papel longo com taxa de 112% do CDI ao ano. No último levantamento, a taxa mais alta foi de 110% do CDI.
O número de emissões de pós-fixados subiu de 151 para 188 nas últimas duas semanas.
Retornos de CDBs indexados ao CDI de 08 a 21 de novembro | ||||||
Prazo (meses) | Indexador | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
3 | %CDI | 97,50% | 101,28% | 105,00% | 23 | Banco Pan |
6 | %CDI | 97,50% | 100,89% | 106,00% | 23 | Banco Industrial do Brasil |
12 | %CDI | 90,00% | 100,96% | 110,00% | 40 | Banco Industrial do Brasil |
24 | %CDI | 92,00% | 100,65% | 110,00% | 53 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
36 | %CDI | 100,00% | 102,05% | 112,00% | 49 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
CDBs de inflação
Nos papéis atrelados à inflação, minoria no mercado de CDBs, o movimento também foi misto. Os papéis mais curtos, com vencimento em 24 meses, pagaram, em média, 5,41% além do IPCA no levantamento mais recente, ante taxa média de 5,49% nas duas semanas anteriores.
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Para o prazo de 36 meses, a rentabilidade real média foi de 6,11%, maior que os 5,85% oferecidos entre 25 de outubro e 7 de novembro.
Alírio destaca o investimento em ativos atrelados ao IPCA por “protegerem contra inflação, se beneficiarem da queda de juros e entregar retorno significativo mesmo em um cenário de inflação persistente”. Para ele, é importante ter uma parte da carteira em CDBs de inflação de longo prazo para proteger o portfólio contra cenários inesperados.
Entre 8 e 21 de novembro, foram emitidos 22 CDBs de inflação, contra 18 entre 25 de outubro e 7 de novembro.
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Retornos de CDBs indexados à inflação de 08 a 21 de novembro | ||||||
Prazo (meses) | Indexador | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
24 | IPCA | 4,95% | 5,41% | 5,90% | 8 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
36 | IPCA | 5,95% | 6,11% | 6,40% | 14 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
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