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Light confirma troca de CEO e notícia pode ser boa para os credores, dizem fontes

Segundo fontes, troca de Octávio Lopes por Alexandre Nogueira, diretor de relações institucionais, vem sendo ventilada há alguns dias

Lucinda Pinto

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A Light confirmou há pouco a troca em seu comando, notícia considerada “positiva” pelos credores da companhia, que veem na figura do atual CEO um entrave para as negociações com a empresa. Segundo fontes ouvidas pelo IM Business, a substituição de  Octávio Pereira Lopes  por Alexandre Nogueira, atual  diretor regulatório e de relações institucionais da Light, já vinha sendo ventilada há pouco mais de uma semana e foi aprovada em reunião do conselho nesta terça-feira (17).

Segundo fato relevante divulgado nesta tarde ela empresa, Lopes fica no cargo até concluir a reestruturação financeira em curso, ou 31 de dezembro de 2023, o que ocorrer primeiro. A julgar pela evolução das negociações, há grande chance do executivo ficar no cargo até o fim do ano.

Na visão de fontes próximas à empresa, Nogueira deve dar mais espaço para que o conselho avance nas conversas em torno de um plano de reestruturação de dívida. Segundo relatos, o executivo “gosta de compor”. Isso pode significar que, em vez de imprimir uma gestão própria, estará mais alinhado aos esforços do conselho e seus advisors para encerrar o imbróglio envolvendo o processo de Recuperação Judicial da empresa – condição que coloca em risco até mesmo a renovação da concessão da companhia. O diálogo com o conselho, dizem as fontes, tem melhorado. Mas isso não quer dizer que um acordo seja eminente. “Eles entendem que não é possível antagonizar, mas chegar a um ‘deal’ ainda é um desafio”, afirma um dos representantes dos credores.

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Octávio Lopes, por sua vez, é visto como um obstáculo ao entendimento com os detentores de uma dívida estimada em R$ 11 bilhões. A ele é atribuída tanto a decisão da empresa recorrer à Recuperação Judicial – manobra considerada ilegal para uma concessionária de serviços públicos – quanto os termos do  plano de RJ já apresentado, razão de muita insatisfação por parte dos stakeholders.

Lucinda Pinto

Editora-assistente do Broadcast, da Agência Estado por 11 anos. Em 2010, foi para o Valor Econômico, onde ocupou as funções de editora assistente de Finanças, editora do Valor PRO e repórter especial.