Bertioga tem o metro quadrado mais caro do litoral de SP, aponta pesquisa

Mercado imobiliário do litoral paulista cresceu durante a pandemia por causa da adoção do home office

Estadão Conteúdo

Praia de Ilhabela, no litoral norte de SP
Praia de Ilhabela, no litoral norte de SP

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Quem pensa em comprar um imóvel no litoral de São Paulo se engana ao achar que São Sebastião ou Ilhabela têm os preços mais altos por metro quadrado (m²). É a cidade de Bertioga que lidera o ranking, elaborado pela DataZap. O preço do m² no município é de R$ 15.615,54 para a compra e de R$ 78,33 para locação.

O valor do m² em Bertioga é quase o dobro da média geral do país na análise mensal da FipeZap de setembro (R$ 8.622). Além disso, chega próximo ao patamar observado em bairros nobres de São Paulo, como Itaim Bibi (R$ 16.802 o m²) e Pinheiros (R$ 16.235).

Em anúncios no site Zap Imóveis, há lançamentos de casas de 450 m² a R$ 6,5 milhões. Os imóveis têm quatro ou mais quartos.

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São Sebastião, um point da classe média paulista que também tem áreas de alta renda, aparece em segundo lugar no ranking, com o preço do m² a R$ 10.376,58.

“Essas cidades têm como característica a presença de um ‘alto padrão’, possivelmente com uma oferta de imóveis que influencia significativamente a dinâmica local. Os preços em Ilhabela (terceira no ranking) são impactados pelo fato de a cidade ser um conjunto de ilhas, o que naturalmente limita a oferta de imóveis. São Sebastião é influenciada pela região de Maresias, e Bertioga se destaca pela Riviera de São Lourenço”, afirma Larissa Gonçalves, economista do DataZap.

No litoral sul, Santos lidera o ranking, com valor de R$ 6.132,83 por m².

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A compra de imóvel para locação de longo prazo nos municípios analisados pode gerar rentabilidade entre 0,48% e 0,67% ao mês.

Home office leva pessoas à praia

O diretor executivo da Lopes Conceito, Ronaldo Roldão, afirma que o mercado imobiliário do litoral paulista cresceu durante a pandemia por causa da adoção do home office, da busca por mais qualidade de vida e do custo de vida mais acessível do que o da capital.

“Bertioga subiu pela transformação na Riviera de São Lourenço. Eram 5 mil moradores antes da pandemia; hoje são 25 mil. Tem empreendimento sendo lançado com preço de R$ 30 mil por m². Quando o lançamento sobe de preço, o usado também sobe. São Sebastião teve uma falta de empreendimentos de alto padrão, o que elevou os preços na cidade. Santos tem lançamentos com o m² a preços de R$ 12 mil ou mais”, diz.

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