Fed não recuará em sua intenção de atingir a meta de 2% na inflação, diz dirigente

Com direito a voto nas decisões de juros deste ano, Austan Goolsbee disse que monitora os preços do petróleo, como uma "área de preocupação"

Estadão Conteúdo

The US Treasury building in Washington, DC, US, on Friday, Dec. 30, 2022. The Federal Reserve's preferred inflation measures eased in November while consumer spending stagnated, suggesting the central bank's interest-rate hikes are helping to cool both price pressures and broader demand, with more tightening on the way.
The US Treasury building in Washington, DC, US, on Friday, Dec. 30, 2022. The Federal Reserve's preferred inflation measures eased in November while consumer spending stagnated, suggesting the central bank's interest-rate hikes are helping to cool both price pressures and broader demand, with more tightening on the way.

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O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Chicago, Austan Goolsbee, não adiantou qual pode ser seu próximo voto nas decisões de política monetária, e ressaltou que a instituição irá de fato reagir aos indicadores. Em participação em podcast da Bloomberg, o dirigente ressaltou, no entanto, que o Fed não recuará em sua intenção de atingir a meta de 2% na inflação.

Com direito a voto nas decisões de juros deste ano, Goolsbee disse que monitora os preços do petróleo, como uma “área de preocupação”.

Outra mencionada foi o estoque de trabalho, que também poderia influir na inflação. “Mas isso também está perdendo fôlego”, acrescentou.

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Goolsbee comentou sobre a possibilidade de controlar a inflação sem provocar uma grande recessão. Ele vê isso como possível no quadro atual, embora não garantido.

O dirigente notou ainda que o mercado espera que o Fed possa elevar os juros mais uma vez, mantendo-o em nível elevado por um tempo para conter a inflação. Segundo ele, a expectativa do mercado é que a inflação retorne à meta “relativamente no futuro próximo” sem uma recessão.

Goolsbee disse que o Fed monitora igualmente o mercado de títulos, após avanço recente nos juros dos Treasuries. Caso ocorra uma crise de crédito, poderia haver piora substancial no quadro, e o BC norte-americano se ajustaria a isso, disse ele.