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A CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) revisou a projeção de crescimento dos seguros para este ano. As novas estimativas são de que o setor terá crescimento de 9,4% em 2023 — a previsão anterior, feita em novembro do ano passado, era de uma alta de 10,1%.
Segundo Dyogo Oliveira, presidente da entidade, o desempenho da previdência privada puxou para baixo a perspectiva de crescimento do setor. “A previdência é o que está mais impactando a projeção geral: ainda estamos com comprometimento de renda e inadimplência elevada, com a população se recuperando depois da pandemia”, analisa.
Oliveira lembrou que o nível de endividamento das famílias, em termos percentuais, está em 48,3%, último dado disponível. “É um nível ainda muito elevado em termos de endividamento. E o comprometimento da renda, de 23%, significa que ainda está destinando um percentual grande para pagamento de dívidas. Isso justifica um pouco a projeção para a previdência”, afirma.
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Dyogo Oliveira destacou ainda efeitos no seguro rural. O setor tinha expectativa que o governo destinaria cerca de R$ 2 bilhões para os produtores rurais, o que não aconteceu. Com isso, a projeção para o seguro rural caiu de 20,6% para 9,1%.
Na outra ponta, seguros auto e saúde tiveram crescimento nas projeções, com automóveis saindo de 8% para 18%, reflexo da normalização do setor em relação à falta de peças no ano passado; além dos subsídios do governo e da queda no preço dos veículos.
Em relação ao seguro-saúde, que saltou de 6,7% para 10,3%, Oliveira afirmou que o indicador projetado era “excessivamente conservador no fim do ano passado, mas, ao longo do ano, o setor está crescendo na taxa de 10%”.
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Projeções de arrecadação do setor
Nov/22 | Set/23 | |
Danos e responsabilidades s/Dpvat | 10,5% | 14,3% |
Cob. de pessoas – seguro de pessoas | 10,1% | 6,3% |
Cob. de pessoas – previdência aberta | 7,7% | 6,1% |
Capitalização | 5,8% | 6,2% |
Mercado s/saúde e s/Dpvat | 10,0% | 8,8% |
Saúde – arrecadação | 6,7% | 10,3% |
Mercado s/Dpvat | 10,1% | 9,4% |
Fonte: CNseg
PIB
A CNseg também revisou a participação de crescimento do setor no PIB (Produto Interno Bruto), que passou de 2,2% para 3,2%. Oliveira explica que a nova projeção, para cima, se deve a alguns fatores, como;
- marco fiscal;
- reforma tributária;
- redução progressiva da Selic;
- e ações microeconômicas, inclusive, no setor de seguros.
Cenário macroeconômico para 2023
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Indicadores | nov/22 | set/23 |
PIB real (variação) | 2,20% | 3,20% |
IPCA (variação) | 5,60% | 5,10% |
Câmbio (R$/Dólar) | 5,35 | 4,95 |