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Os trabalhadores da fábrica da Embraer (EMBR3), em São José dos Campos, no interior de São Paulo, voltaram ao trabalho na manhã desta terça-feira (3) após cerca de quatro horas de paralisação. O protesto havia sido iniciado às 5h (horário de Brasília).
A paralisação chegou a ser anunciada como greve por tempo indeterminado, sendo suspensa às 9h. Segundo o sindicato, a greve iria interromper da produção na sede da companhia.
O Sindicato dos Metalúrgicos disse que funcionários “sentiram-se pressionados pela presença da Polícia Militar e de seguranças da empresa, que estavam filmando os grevistas”.
Mais cedo, a Embraer informou que a unidade Ozires Silva, em São José dos Campos (SP), opera normalmente, assim como as demais fábricas da empresa.
Os metalúrgicos reivindicavam aumento real e renovação da convenção coletiva. A Embraer possui cerca de 9 mil trabalhadores em São José dos Campos, sendo 5 mil da área de produção, de acordo com o sindicato.
A empresa disse que concedeu o reajuste salarial de 4,06%, que corresponde a 100% da inflação no período, para funcionários que recebem salário de até R$ 10 mil. Para remunerações acima desse valor, estabeleceu um aumento fico de R$ 406, conforme proposta apresentada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
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O sindicato, por sua vez, afirmou que comunicou à Embraer sobre a greve no dia 26 de setembro, mas não houve alteração na proposta patronal, rejeitada pelos trabalhadores. Eles alegam que a proposta da empresa oferece apenas reposição da inflação aos salários.
A entidade diz ainda que o último ano em que a empresa assinou convenção coletiva e aplicou reajustes salarial acima da inflação foi em 2017.
(com Estadão Conteúdo)