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(Reuters) – O Banco Central tem apoiado o governo no sentido de persistir na busca pela meta de resultado fiscal, disse nesta segunda-feira o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, ressaltando que a autoridade monetária está de olho na estabilização da trajetória da dívida pública.
Em evento da Associação Brasileira de Câmbio (Abracam), em São Paulo, Campos Neto reafirmou que o Brasil tem dificuldade estrutural de cortar gastos públicos. Ele defendeu que “reformas adicionais” podem ajudar a cortar despesas no país.
O presidente do BC disse que o tema das contas públicas vai começar a ser mais relevante para o mundo desenvolvido, com a “barra para o fiscal” ficando mais elevada para todo o mundo, como consequência.
Campos Neto afirmou ainda que a dinâmica da inflação no Brasil é benigna, em geral, destacando comportamento positivo recente em preços de alimentos e bebidas.
Ele disse que as expectativas de inflação de 2023, 2024 e 2025 têm ficado mais ou menos dentro da banda das metas, e ponderou que uma volatilidade recente nessas projeções tem maior relação com fatores externos.
O centro do objetivo oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e, para 2024, 2025 e 2026, é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
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Na apresentação, Campos Neto ainda disse que o real teve desempenho “relativamente bom” em 2023.