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Corretor de seguros é como Spotify, diz executivo

Profissionais, primeiro, oferecem a experiência e depois conquistam o cliente, afirma Sebastián Del Brutto

Equipe InfoMoney

Getty Images
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O modelo de trabalho dos corretores não é muito diferente do Spotify, que primeiro oferece a experiência e depois conquista o cliente. A frase, dita em defesa dos profissionais da área de seguros, é do presidente da “Asociacion Argentina de Políticas Sociales (AAPS)”, Sebastián Del Brutto, que relatou a crise entre corretores e seguradores em seu país.

Del Brutto participou do painel “Mecanismos de Distribuição de seguros no Brasil e América Latina”, promovido pela Fenacor na Fides 2023, que reuniu ainda o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, e o presidente da Fenacor, Armando Vergílio. Os três defenderam o uso da tecnologia a serviço do corretor e do mercado e não contra.

“Estamos em uma encruzilhada (na Argentina). Há uma tensão entre corretoras e seguradoras porque as seguradoras estão se abrindo a novos canais”, disse o executivo citando, principalmente, os bancos.

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Com a crise econômica, a quantidade de corretores de seguros aumentou 10% no último ano na Argentina. Já a participação dos corretores individuais aumentou 1,8%. “As empresas precisam crescer constantemente, porque têm a pressão dos acionistas, e precisam que a quantidade de corretores cresça na mesma medida, e não estamos conseguindo acompanhar”, disse.

Para o presidente da CNSeg, o crescimento do setor passa por agregar novos canais de distribuição. “Por mais que todas as transformações aconteçam, a indústria de seguros nunca vai deixar de ter corretor. Ferramentas vão chegar em auxílio a conexão humana. Tudo isso é meio. O que existe são duas pessoas fazendo uma transação”, afirmou, reconhecendo, porém, que ninguém é capaz de prever o futuro da tecnologia.

“Cada tecnologia disruptiva nasce de uma onda e depois vira uma onda exponencial que ninguém sabe onde vai dar. Pela primeira vez, temos economistas preocupados com a velocidade das transformações”, completou Oliveira.

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O presidente da Fenacor ressaltou a necessidade de os corretores se atualizarem e se abrirem a novos produtos. Para ele, não se trata de mudança de paradigma, mas de mentalidade, principalmente, nesse momento em que a economia dá sinais de recuperação.

“Os corretores de seguros são as verdadeiras molas propulsoras do desenvolvimento de nosso mercado. Têm que se dedicar à diversificação da atuação, se convertendo em provedores de soluções”, resumiu Vergílio, citando a entrada dos corretores em segmentos como os de cartões de crédito.