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Após um período de forte restrição para o setor hoteleiro durante a pandemia, a estabilidade na oferta de hotéis pelos próximos anos deve ajudar a impulsionar o segmento daqui para frente.
A avaliação é de Diogo Canteras, sócio-diretor na HotelInvest Canteras & Associados, que realiza a gestão do fundo imobiliário Hotel Maxinvest (HTMX11).
“A melhor notícia é da oferta. Estamos com um patamar de diária onde a viabilização de novos empreendimentos ainda não é possível. Ainda não são viáveis”, destacou Canteras, durante participação no Liga de FIIs desta terça-feira (12).
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O programa é produzido pelo InfoMoney e tem apresentação de Maria Fernanda Violatti, analista da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e Wellington Carvalho, repórter do InfoMoney.
Além da baixa viabilidade para colocar um projeto de pé como esse neste momento, o executivo chama atenção para o tempo necessário para que um empreendimento hoteleiro fique pronto.
“Quando for viável, você vai demorar entre três e quatro anos para construir os hotéis. Temos um prazo sem uma adição considerável de oferta no mercado. O desempenho dos hotéis deve continuar melhorando nos próximos anos”, defende Canteras.
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Outro fator que pode ajudar a impulsionar o setor nos próximos meses é o crescimento econômico, que tem sido revisado constantemente para cima.
Segundo o Relatório Focus, do Banco Central, o ponto médio das estimativas dos economistas agora prevê um avanço de 2,64% para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.
Cerca de um mês antes, as estimativas estavam em torno de 2,29%. “O nosso PIB não vai crescer muito, mas um pouquinho ele vai crescer e isso vai fazer com que a demanda hoteleira aumente”, avalia.
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O fundo está entre as novidades da carteira do Ifix – índice dos FIIs mais negociados na Bolsa, que sofreu alteração no começo deste mês.
Apesar de ter entrado agora no índice, o fundo não é tão novato assim na Bolsa. O produto está em operação desde 2007 e conta com 489 unidades hoteleiras (quartos) em 22 hotéis localizados em São Paulo (SP).
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Concorrência com Airbnb e outras opções de baixa duração
Embora os últimos anos tenham sido caracterizados por um aumento nas locações de baixa duração como, por exemplo, do Airbnb, Canteras avalia que o perfil de quem fica em um hotel e em outro tipo de locação como essa é diferente.
“Esses empreendimentos são mais competitivos no mercado de hóspedes e lazer. Pessoas com família e no fim de semana”, observa o executivo.
Já o hóspede que fica em hotéis deseja a comodidade de ter um café da manhã e segurança. “A ocupação dos hotéis continua saudável, mesmo com a chegada desse segmento de short-term rental [aluguel de curta duração]”, pondera.
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