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O volume administrado por gestores de patrimônio cresceu 8,3% no primeiro semestre de 2023 na comparação com o segundo semestre do ano passado. O montante chegou a R$ 460,4 bilhões, segundo dados divulgados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro de Capitais).
O resultado foi impulsionado pela entrada de 36 instituições no segmento. Elas foram responsáveis pela gestão de R$ 58 bilhões no primeiro semestre.
As aplicações dos clientes de gestão de patrimônio podem ser feitas por meio de dois instrumentos: fundos de investimento ou carteiras administradas. Os primeiros concentraram a maior parte do patrimônio, com R$ 308,3 bilhões, alta de 4,4% em relação ao fechamento de 2022. Enquanto isso, as carteiras responderam por R$ 152 bilhões, uma evolução de 16,9% no mesmo período.
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Na divisão por classes de ativos, a renda fixa se destaca com R$ 178,3 bilhões em investimentos, avanço de 11,1% na comparação com os R$ 160,5 bilhões no fechamento do ano passado.
“Em um cenário de Selic alta, é natural que os gestores busquem diversificação, rentabilidade e segurança em produtos menos arrojados, ampliando a participação da renda fixa na composição das carteiras”, diz Fernando Vallada, diretor da Anbima.
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Instrumentos preferidos
Fundos de renda fixa, títulos públicos e FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) são responsáveis pelos maiores montantes financeiros entre os instrumentos de renda fixa e respondem por 61,2% do crescimento entre todos os ativos de renda fixa. Os primeiros avançaram 7%, somando R$ 51,3 bilhões, enquanto os títulos públicos subiram 14,1%, para R$ 38,5 bilhões, e os FIDCs aumentaram 14,7%, chegando a R$ 22 bilhões.
Os produtos isentos de Imposto de Renda se destacaram e cresceram 24% em volume investido pelos gestores de patrimônio. O investimento em debêntures incentivadas avançou 44,7%, chegando a R$ 7,1 bilhões. LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) totalizaram R$ 5,8 bilhões e R$ 7,5% bilhões, respectivamente.
Já os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) registraram aumento de 11,7%, atingindo R$ 5,8 bilhões, enquanto o volume aplicado em CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) avançou 12,8%, totalizando R$ 5,5 bilhões.
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Apesar da Selic alta, o investimento em produtos de renda variável também cresceu. O aumento foi de 4,4% no período, de R$ 135,9 bilhões para R$ 141,9 bilhões. Ações somaram R$ 31,6 bilhões, alta de 14,7% no período. Por outro lado, os fundos de ações tiveram um leve recuo de 0,3% e totalizam R$ 84,6 bilhões.
“A aplicação em ações foi estimulada pelo Ibovespa, que terminou o semestre em alta, frente ao otimismo pela queda da taxa de juros, que se confirmou no início de agosto, pela redução nos preços e pelo arcabouço fiscal”, explica Vallada.
Puxado pelos fundos multimercados, o volume aplicado em produtos híbridos (que têm características de renda fixa e de renda variável) subiu 8,4%, de R$ 115,9 bilhões em dezembro para R$ 125,6 bilhões em junho. Esses produtos, que tiveram crescimento de 7,4%, somando R$ 108,8 bilhões, são responsáveis por 86,4% do total investido nos híbridos.
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Já o volume investido em fundos imobiliários aumentou 13,7%, chegando a R$ 15,1 bilhões. ETFs (Exchance Trade Funds), por sua vez, avançaram 27,7%, totalizando R$ 1,7 bilhão.
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