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Ao contrário do que se apostava, o Ibovespa não reagiu como se esperava à decisão de política monetária do Copom, na última semana, quando a taxa Selic foi cortada em 0,5 ponto porcentual, num ritmo superior ao do que parte do mercado esperava.
Assim, o Ibovespa encerrou a última semana com queda de 0,5%, elevando as perdas em agosto para cerca de 2%. No entanto, no acumulado do ano, a Bolsa sobe pouco mais de 9% e, em três meses, ganha quase 14%.
Na abertura do pregão desta segunda-feira (7), o Ibovespa opera entre perdas e ganhos, recuando cerca 0,1%, aos 119,4 mil pontos, por volta das 10h40.
Confira a seguir quais são as perspectivas para o Ibovespa com base na análise técnica.
Trade hoje: Análise técnica Ibovespa
Em relatório assinado por Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, o Itaú BBA destaca que, após o início do ciclo de corte de juros no Brasil, “quem tinha a expectativa de que pudesse ser o gatilho para novas altas para o Ibovespa, ficou um pouco decepcionado.”
“Nos últimos dois pregões [quinta e sexta da semana passada, após Copom] tivemos a sensação de que as cartas agora saíram da mesa e começaram a ser embaralhadas. O Ibovespa perdeu o suporte inicial, enquanto o índice small caps fechou acima da resistência. Quem vai ditar a direção daqui para frente? Blue chips ou small caps?“, traz a análise do BBA.
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Dessa forma, o BBA aponta que os investidores devem ficar atentos à ultrapassagem da máxima dos 123.000 pontos e dos demais índices da B3.
“À medida que esses índices superarem suas máximas, será um bom indicador de que os investidores estão do lado mais otimista. Neste caso, podemos retomar o cenário positivo em busca de 126.600 pontos e da máxima histórica em 131.200 pontos.”
Em relação ao cenário de baixa, o BBA destaca que o índice perdeu o suporte inicial em 119.700 pontos, abrindo espaço para realização de lucros e pode buscar regiões como 117.400 pontos e os 116.300/115.700 pontos, “que mantém o índice em tendência de alta.”
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Em resumo, o BBA assinala, sobre o Ibovespa, que “temos o copo meio cheio e meio vazio para olhar”.
“A parte meio cheia é o índice small caps, que mostra força e fechou acima da resistência. O meio vazio é o Ibovespa juntamente com os mercados americanos, que estão em um momento de realização de lucros.”
Finalizando, o BBA acrescenta que, neste momento, é importante “o investidor separar o que é posição de um gráfico diário e intraday e avaliar seu gerenciamento de risco atual”.
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Ibovespa em região de extrema relevância
O analista técnico da Top Gain, Matheus Lima, aponta que, no curto prazo, o índice Ibovespa está trabalhando em “uma região de extrema relevância, entre 120.420 pontos e 119.215 pontos, região de topos anteriores que agora está servindo como suporte – princípio da bipolaridade, quando uma resistência rompida se torna suporte.”
“Podemos observar que, desde o rompimento da consolidação formada entre 15 de junho e 24 de julho deste ano, momento em que o IBOV chegou em 123.000 pontos, o índice não está conseguindo renovar seus topos, voltando a testar a resistência da consolidação e topos anteriores, que está servido como suporte”, diz Lima.
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Conforme Lima, é possível identificar [veja o gráfico acima] que o índice Ibovespa está acima de duas frequências de LTA (linha de tendência de alta), “sendo de extrema importância que o IBOV se mantenha acima desta LTA e da região dos 119.215 pontos, patamar que ainda estamos identificando uma defesa por parte dos compradores”.
Nesse sentido, acrescenta ele, do lado positivo, o Ibovespa pode ter uma continuação de sua movimentação de alta, tendo em vista os topos anteriores em 123.000, 125.325 e o topo histórico em 131.190 pontos.
Enquanto isso, do negativo, caso o IBOV perca a região dos 115.700 pontos, poderá iniciar uma correção mais forte buscando, patamares anteriores em 114.800, 112.800, e mais abaixo em 108.200 pontos.
Análise técnica: Perda de tendência
Por fim, em relatório de análise técnica, a XP destaca que o Ibovespa fechou – a semana passada – abaixo dos 119.700, “confirmando a perda da média de 21 dias, sugerindo reversão de tendência para baixa no curto prazo.”
“Uma perda dos 119.000 pode levar a teste dos suportes em 115.700 ou 108.190. O sinal de alta seria retomado com um fechamento acima dos 121.500, com projeções em 123.000 ou 127.400”, afirma Gilberto Coelho, analista técnico da XP.
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