Produção industrial sobe 0,3% em maio, diz IBGE, dentro do esperado

Indicador de maio veio em linha com o esperado pelo consenso Refinitiv de analistas, que apontava para uma alta de 0,3% na comparação mensal

Roberto de Lira

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A produção industrial brasileira cresceu 0,3% em maio após ter registrado retração de 0,6% em abril, conforme dados divulgados nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ante maio de 2022, houve alta de 1,9%. Com isso, a indústria brasileira acumula recuo de 0,4% no ano e estabilidade (0,0%) em 12 meses. A média móvel trimestral também subiu 0,3%.

O indicador de maio veio dentro esperado pelo consenso Refinitiv de analistas, que apontava para uma alta de 0,3% na comparação mensal. Na comparação  anual, a previsão era de alta de 1,1%

A indústria ainda se encontra 1,5% abaixo do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,1% aquém do ponto mais alto da série histórica, observado em maio de 2011.

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Segundo o IBGE, houve disseminação de taxas positivas no mês, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos industriais pesquisados.

Segundo André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), ainda que maio tenha mostrado um resultado próximo à estabilidade, na comparação com dezembro do ano passado a indústria tem um saldo positivo de 0,4%.

“O resultado de maio também traz uma disseminação de taxas positivas por três das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 25 ramos investigados. É o maior espalhamento desde setembro de 2020, quando havia 23 atividades mostrando crescimento”, destacou Macedo, em nota, lembrando que na época o setor industrial se recuperava de perdas intensas enfrentadas em março e abril daquele ano, no início da pandemia de covid-19 no país.

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Maiores influências

Entre as atividades, as influências positivas mais importantes vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (7,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (7,4%) e máquinas e equipamentos (12,3%).

Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de indústrias extrativas (1,2%), de produtos de metal (6,1%), de outros equipamentos de transporte (10,2%), de metalurgia (2,1%), de produtos diversos (6,6%) e de couro, artigos para viagem e calçados (4,9%).

Por outro lado, entre as seis atividades que apontaram redução na produção, produtos alimentícios (-2,6%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%) exerceram os principais impactos em maio de 2023, com a primeira marcando o quinto mês consecutivo de queda na produção, período em que acumulou perda de 9,7%; e a segunda intensificando o recuo de 0,4% assinalado em abril último.

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Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (9,8%) e bens de capital (4,2%) assinalaram os avanços mais intensos em maio de 2023 ante o mês anterior, com ambas voltando a crescer após recuos no mês anterior, de -4,5% e -11,8%, respectivamente.

O segmento de bens intermediários (0,1%) também mostrou resultado positivo nesse mês e marcou o quarto mês seguido de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 1,9%.

Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (-1,1%) teve o único recuo em maio de 2023, eliminando o crescimento de 0,9% registrado no mês anterior.