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A Fidelity Investments é o mais recente peso-pesado dos serviços financeiros a lançar seu nome na corrida para oferecer o primeiro ETF (fundo negociado em bolsa) spot de Bitcoin (BTC) dos Estados Unidos.
A gestora com sede em Boston, que tem cerca de US$ 11 trilhões em ativos sob administração e dezenas de milhões de clientes, registrou novamente o ETF Wise Origin Bitcoin Trust, de acordo com um documento enviado à Securities and Exchange Commission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA).
A notícia foi ventilada pela primeira vez na terça-feira (27) pelo veículo especializado em criptomoedas The Block, que citou uma fonte não identificada.
Essa é sua segunda vez que a Fidelity tenta emplacar o produto de investimento. No início de 2022, a SEC rejeitou a primeira proposta da gestora.
A largada da corrida pela aprovação do primeiro ETF de BTC dos Estados Unidos começou neste mês com um pedido da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo. Para os fãs de cripto, o movimento foi significativo, dada a reputação da empresa em Wall Street.
Alguns observadores do mercado dizem que a BlackRock não faria uma tentativa se não tivesse certeza de que poderia obter a aprovação regulatória.
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Houve cerca de 30 tentativas de um produto spot de Bitcoin, de acordo com uma contagem da Bloomberg Intelligence. Mas os pedidos enfrentaram oposição dos reguladores, que no passado citaram preocupações de mercado e falta de proteção ao investidor, entre outras coisas.
Mesmo assim, o movimento da BlackRock estimulou uma série de registros semelhantes de outros emissores, incluindo Invesco, WisdomTree, Valkyrie e Bitwise. Enquanto isso, a Ark Invest, de Cathie Wood, disse que acredita que pode ser a primeira na fila para obter qualquer potencial aprovação. Em abril deste ano, a Ark e a empresa de criptomoedas 21Shares enviaram ao regulador um pedido de ETF.
Os fãs de ativos digitais estão entusiasmados com a perspectiva de que os criptoativos possam se tornar mais facilmente acessíveis aos investidores comuns, e a onda de registros tem repercutido de forma positiva nos preços dos tokens.
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O Bitcoin saltou para US$ 30 mil em junho e continua acima desse patamar. No entanto, o valor ainda é menos da metade do recorde de quase US$ 69 mil alcançado em novembro de 2021.
Esse não é o primeiro ciclo de hype sobre um possível lançamento de fundo negociado em bolsa da criptomoeda. Os fãs de ativos digitais, que há anos anseiam por um ETF spot de Bitcoin, já passaram por períodos de empolgação antes, apenas para os reguladores rejeitarem todas as tentativas.
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