Pix dobra número de transações em 2022, enquanto TED e DOC têm queda de 29%

Diretor da Febraban defende crescimento sustentável do Pix por fazer consumidores migrarem de modelos de transferências e democratizar acesso

Giovanna Sutto

Pix no celular (Crédito: Shutterstock)
Pix no celular (Crédito: Shutterstock)

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Em pouco mais de dois anos de operação, o Pix já se consolida como vilão para principais opções de trasnferências até então, TED e DOC. A preferência dos consumidores é confirmada pelos números: em 2021, as transações por esta via totalizavam 5,7 bilhões, enquanto, em 2022, o volume ultrapassou os 11,7 bilhões – mais que o dobro no período.

Do outro lado, as transferências por TED e DOC registraram quedas de 29%, conforme os dados da “Pesquisa de Tecnologia Bancária” apresentada pela Febraban (Federação Brasielira dos Bancos) nesta quarta-feira (28) durante coletiva de imprensa na Febraban Tech, evento do setor.

Rodrigo Mulinari, diretor do comitê de inovação e tecnologia da Febraban, afirmou que o Pix vem apresentando um “crescimento sustentável” desde que foi lançado.

Ele destaca alguns pontos que justificam isso:

(Reprodução/ Febraban)

As amostras de bancos respondentes variam porque as instituições podem optar qual pergunta vão responder. Sendo assim, a pesquisa tem 18 bancos como amostra total, mas apenas parte deles responderam às questões de Pix.

Transações digitais (e no mobile)

Segundo os dados da pesquisa, 8 a cada 10 transações bancárias realizadas em 2022 foram digitais, ou seja, feitas via mobile, internet banking ou WhatsApp.

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Ano passada, foram 107,1 bilhões de operações realizadas pelo mobile banking (celular) – acréscimo de 54% em relação a 2021 –, 17,8 bilhões por internet banking, aumento de 2% no mesmo período, e 56,2 milhões via WhatsApp, alta de 531%. 

Com isso, o total de operações efetuadas nestes canais digitais foi de 124,9 bilhões em 2022, aumento de 44% em relação ao ano. O acesso pelo celular também é destaque no que diz respeito a abertura de contas: das 46,2 milhões de contas correntes abertas em 2022, 63% destas contas foram abertas via canais digitais.

Ainda, a pesquisa mostra que das 469 milhões de contas ativas no setor bancário, quase metade delas (48%) é acessada pelo canal mobile, conforme dados de 13 bancos.

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“O resultado decorre de um expressivo aumento na utilização dos dispositivos móveis, tanto para a
realização de transações financeiras – transferências via Pix e pagamento de contas – quanto para as
transações sem movimentação financeira – consultas de saldos e extratos em contas correntes, cartões e
investimentos, e para a solicitação de comprovantes e agendamento de pagamentos ou transferências”, avalia o estudo, feito em parceria com a Deloitte.

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Giovanna Sutto

Responsável pelas estratégias de distribuição de conteúdo no site. Jornalista com 7 anos de experiência em diversas coberturas como finanças pessoais, meios de pagamentos, economia e carreira.