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As contas de luz de mais de 8,3 milhões de clientes da Enel Distribuição São Paulo (antiga Eletropaulo) e da Energisa Tocantins, subsidiária da Energisa (ENGI11), estão até 6,1% mais baratas a partir desta terça-feira (6).
A Enel SP é a segunda maior distribuidora de energia elétrica do Brasil e atende a 7,7 milhões de unidades consumidoras em 24 cidades da região metropolitana de São Paulo (incluindo a capital paulista).
São 18 milhões de pessoas beneficiadas apenas na Grande SP, segundo a Enel (isso porque uma unidade pode atender a várias pessoas ou a um comércio ou empresa, por exemplo). Já a subsidiária da Energisa atende a 657 mil unidades consumidoras no Tocantins.
Os reajustes negativos foram aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na semana passada, junto com uma redução de até 14,42% nas tarifas da Cocel — que já entrou em vigor na quinta-feira (29) no Paraná (veja mais abaixo).
Enel Distribuição São Paulo: a redução média é de 2,24% nas contas de luz da Enel SP. O reajuste é diferente para cada classe de consumidores:
- -6,10% para a alta tensão (como as indústrias)
- -0,97% para a baixa tensão (-0,91% para os consumidores residenciais)
A Aneel considerou no cálculo duas medidas que contribuíram para diminuir o reajuste (em -8,56%):
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- -8,18% do ressarcimento de créditos de PIS/Cofins
- -0,26% do repasse de recursos da Eletrobras (ELET3;ELET6) para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)
Energisa Tocantins (ETO): a redução média é de 0,31%, sendo -0,76% para a alta tensão e -0,19% para a baixa tensão (-0,70% para os consumidores residenciais, que fazem parte do grupo).
A agência diz que as medidas adotadas para a mitigação do reajuste tiveram um impacto de -6,89% na conta de luz, sendo que os créditos tributários de PIS/Cofins foram responsáveis por -6,55%.
Cocel (Paraná): a redução média foi de 3,89% para os clientes da Companhia Campolarguense de Energia (Cocel), que fornece energia para 57,1 mil unidades consumidoras em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba.
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O desconto na tarifa beneficiou apenas a alta tensão (-14,42%), pois a conta de luz vai aumentou 3,70% para a baixa tensão (3,45% para os consumidores residenciais)
Reajuste em 2024
Ricardo Tili, diretor da Aneel e relator do processo de revisão tarifária da Energisa Tocantins, alertou na semana passada que o reajuste negativo não só não deve se repetir em 2024 como as tarifas devem subir dois dígitos:
“Vou fazer alerta de que ano que vem a tendência é um reajuste acima da média por conta do componente tarifário. O reajuste do ano que vem já começa com uma correção de 10%, já preocupa”, afirmou Tili.
(Com Estadão Conteúdo)