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O Ibovespa segue com fortes ganhos no mês de junho, de quase 10%, mesmo na última semana tendo dado sinais de esgotamento do rali, com alta de apenas 0,18%. No entanto, o Ibovespa garantiu a 10ª semana consecutiva de valorização.
Conforme grafistas consultados pelo InfoMoney, a tendência principal segue de alta, mas o índice encontra-se em região de resistência, o que traz, cada vez mais, alertas para possíveis correções da Bolsa no curto prazo.
Confira, a seguir, quais são as perspectivas, com base na análise técnica.
Análise técnica Ibovespa
Para Matheus Lima, analista da Top Gain, o Ibovespa, após semanas seguidas de forte alta, somando mais de 23 mil pontos, quase em linha reta, encontrou uma região de “forte oferta, que deve gerar maior resistência para continuar subindo como antes”.
Conforme Lima, olhando para o gráfico de um hora (que segue abaixo), é possível identificar que a região de resistência “já começou a impactar os preços e, caso comece a negociar abaixo dos 118 mil, uma onda de realização deve dar início a uma queda até os 114 mil pontos.”
“Vale lembrar que o Ibovespa negocia nessa faixa de preço desde o segundo semestre de 2020, até os dias de hoje; ou seja, a chance do mercado continuar travado nesse patamar de preço é muito grande, reforçando ainda mais a cautela com posições compradas neste nível de preço.”
Ibovespa: Tendência de alta
O analista técnico Guilherme Schrepel, da Investimentos 4YOU, destaca que o gráfico diário do Ibovespa mostra que o índice permanece dentro de uma tendência de alta, trabalhando acima das médias de 17 e 200 dias, e tem como suporte imediato a região do 118.487 pontos e a resistência em 120.518 pontos.
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“Enquanto permanecer acima das médias móveis, indica que o índice permanece em tendência de alta no curto, médio e longo prazo”, afirma, ressaltando, porém, ser “natural, após um forte rali de alta, o preço iniciar um processo de consolidação”.
“Basicamente, o Ibovespa já vem há sete pregões consolidando e, consequentemente, aqueles indicadores que estavam em regiões de sobrecompra – caso do (IFR), já vem ‘respirando’, mas o OBV ainda parece estar em boa forma, não renovou o fundo e nem indicou nenhuma divergência baixista.”
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Para ele, se o Ibovespa conseguir quebrar a estrutura de resistência entre 120.518 (1) e 121.578 (2), existe um próximo alvo localizado em 125 mil pontos.
No sentido inverso, aponta, seria o índice perder o suporte de 118.487, com isso, “poderia buscar a MME17, que passaria funcionar como suporte móvel em torno da região de 116.750. Abaixo disso, teríamos um próximo suporte de preço localizado em 114.684 pontos.”
Fonte: Neológica. Elaboração: Guilherme Schrepel
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- Confira os principais padrões de reversão de tendência na análise técnica
Em relação ao gráfico semanal, Schrepel reforça que é possível observar um candle de indefinição, em uma região de resistência.
Assim, diz ele, se na semana do dia 26 de junho o Ibovespa fechar abaixo de 118.018, “teremos a formação de topo confirmado no semanal.”
“Com isso, poderíamos projetar um possível alvo na região dos 114.684 pontos e, caso essa região seja superada, o próximo suporte será a média móvel de 17 semanas, na região de 110.650 pontos“, conclui.
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Por fim, a analista técnica da Clear, Pam Semezzato, avalia que o Ibovespa segue ainda na região de resistência da lateralização maior, e na semana passada mostrou pouco deslocamento, deixando um candle de indecisão.
“Ainda não é sinal de reversão da última ‘perna’ de alta, mas por estar em região de resistência forte devemos ficar atentos a sinais de força vendedora nessas próximas semanas”, diz ela.
Enquanto isso, analisando o gráfico diário, Pam aponta que já há sinais de mudança de comportamento, “indicando uma correção”.
“Por Fibonacci, dessa última alta, os pontos de retração são: 115.620 e 112.720, e 50% do movimento está em 114.160. Acredito que nos próximos pregões podemos ter uma definição melhor de como será essa correção: lateral ou profunda, já que por enquanto ainda não temos continuidade nas barras vendedoras”, aponta.
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