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O investidor que decide alocar parte de sua carteira no exterior começa, com o tempo, a sentir a necessidade de opções mais diversificadas. Os fundos de investimento ofertados fora do Brasil são os veículos que podem ajudar a suprir essa lacuna, contribuindo para a composição de um portfólio em moeda estrangeira.
É com essa necessidade no radar que a XP começa a oferecer nesta terça-feira (20) cerca de 100 fundos na conta de investimento internacional. As opções na plataforma contemplam diferentes gestores e estratégias – renda fixa, variável e diversificação regional.
“Quisemos oferecer uma grade ampla, com muitos tipos de estratégia. Com o tempo, a gente vai ampliar ainda mais, mas sempre com curadoria”, diz Leon Goldberg, sócio da XP responsável pela diretoria de fundos de investimentos.
A conta internacional da XP foi lançada em maio de 2022 e está disponível para 1 milhão de clientes. Esse grupo de investidores já tinha acesso a ações listadas na Nasdaq e na NYSE, títulos de renda fixa privado (bonds) e títulos do Tesouro americano (treasuries).
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“Quando criamos a conta internacional, a gente começou a pensar ainda mais na expansão da grade de produtos. Fomos atrás de nomes [de gestores] e o cliente vai ter tanto casas que já está acostumado como produtos mais de nicho”, conta Goldberg.
Entre os fundos que estão disponíveis, há carteiras da BlackRock, do JP Morgan e do Morgan Stanley, entre outros. O valor mínimo de investimento é de US$ 1 mil. Da leva ofertada inicialmente, o prazo de resgate é de até quatro dias e as taxas de administração variam de fundo para fundo – na hora de fazer a seleção, o investidor terá acesso a esses detalhes.
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De acordo com os executivos, as taxas de administração dessas carteiras estão em linha ou mesmo abaixo do que já é cobrado pela indústria de fundos no Brasil. Além disso, é pouco usual entre os fundos que estão na plataforma internacional a cobrança de taxa de performance.
Para facilitar na escolha do fundo, a XP também vai oferecer uma carteira recomendada feita por uma empresa de research estrangeira.
Diversificação regional
Diego Correia, gestor na área de investimentos internacionais da XP, explica ainda que os fundos selecionados vão contemplar diferentes geografias, uma vez que parte das carteiras escolhidas têm como estratégias o investimento de forma mais regionalizada – ou temática.
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“Pensamos também no recorte regional. Então, tem fundo nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Há também uma variação temática desses 100 fundos, o que dá dinamismo aos investimentos”, diz.
Entre os fundos, o investidor vai se deparar desde estratégias mais alternativas, como fundos que invistam em crédito high yield, ou seja, aqueles com maiores retornos, mas também maior risco de crédito; como também fundos conservadores, como aqueles que investem em títulos soberanos americanos ou que são voltados para gestão de caixa (alta liquidez e baixo risco).
Goldberg lembra ainda que a conta internacional é uma ferramenta mais acessível de internacionalização da carteira. Isso porque parte desses produtos antes era ofertada apenas a clientes dos segmentos private. Atualmente, a conta internacional da XP está disponível para quem tem a partir de R$ 10 mil de patrimônio líquido.
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“Eram muito poucas opções de dolarização do patrimônio para um cliente de alta renda e varejo. Mas esse cliente também vai para fora do País, viaja, faz compras internacionais, então é cada vez mais relevante a internacionalização do patrimônio”, diz.
A XP não revela quantos clientes estão utilizando a conta internacional, mas informou que o número deles duplicou desde novembro do ano passado. O ticket médio investido, por sua vez, subiu quatro vezes desde o lançamento do serviço.