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Os mercados asiáticos fecharam mistos, enquanto os índices futuros dos EUA operam com baixa nesta quinta-feira (15), ainda repercutindo a decisão da véspera do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, de manter os juros no atual patamar. Mas o BC americano indicou que pode aumentar os juros mais duas vezes neste ano.
Na frente de dados, saem os números do varejo e da produção americana em maio. Para o varejo, o consenso do mercado prevê recuou de 0,1% nas vendas em relação a abril. Para a indústria, a previsão é de alta de 0,1%.
Na zona do euro, os principais mercados da região recuam, com investidores à espera da decisão de política monetária do Banco Central Europeu, às 9h15 (horário de Brasília). Mais uma vez, o mercado prevê um ajuste de 25 pontos base na taxa de juros do bloco econômico.
Ibovespa hoje: acompanhe o que movimenta Dólar, Juros e Bolsa Ao Vivo
Enquanto isso, o banco central da China reduziu suas principais taxas de empréstimo de médio prazo. O país também divulgou uma série de dados econômicos, incluindo produção industrial, vendas no varejo e preços de imóveis.
No Brasil, o Ibovespa fechou em alta de 1,99% na véspera (14), aos 119.068 pontos, perto das máximas do dia (de 119.084 pontos), no maior nível desde 21 de outubro de 2022, após a S&P Global revisar sua perspectiva para a nota do Brasil de estável para positiva, com o rating de crédito soberano reafirmado em BB-/B -.
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Em indicadores, sai a pesquisa mensal de serviços de abril, com consenso Refinitiv projetando baixa de 0,5% na base mensal e alta de 4,3% na base anual.
1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA recuam nesta manhã de quinta-feira, depois que o Fed pulou um aumento de taxa em sua reunião mais recente, mas sinalizou que mais dois aumentos de juros ainda podem estar reservados para este ano.
A divulgação de dados econômicos adicionais nesta quinta-feira dará aos investidores e formuladores de políticas uma visão melhor da força do mercado de trabalho e dos gastos do consumidor. Os números semanais de pedidos de auxílio-desemprego e as vendas no varejo de maio devem ser divulgados nesta manhã.
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Veja o desempenho dos mercados futuros:
- Dow Jones Futuro (EUA), -0,06%
- S&P 500 Futuro (EUA), -0,21%
- Nasdaq Futuro (EUA), -0,47%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam sem direção definida na sessão de hoje, depois que o Fed adiou um aumento de juros, enquanto projeta que outros movimentos de dois quartos de ponto percentual estão a caminho antes do final do ano.
Já o Banco Popular da China reduziu a taxa de 237 bilhões de yuans (US$ 33 bilhões) de empréstimos de um ano para algumas instituições financeiras em 10 pontos base de 2,75% para 2,65%.
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Enquanto isso, os preços das novas residências na China subiram 0,1% em maio em relação ao ano anterior, o primeiro aumento em termos anuais desde abril de 2022.
As exportações do Japão, por sua vez, subiram 0,6% em maio na comparação anual, em forte contraste com as previsões de queda de 0,8% de economistas consultados pela Reuters.
As importações também tiveram uma queda menor do que o esperado, caindo apenas 9,9% ano a ano, para 8,67 bilhões de ienes, em comparação com 9,62 bilhões de ienes um ano atrás.
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O déficit comercial do Japão caiu 42% em relação ao ano anterior, chegando a 1,37 bilhão de ienes, em comparação com os 2,37 bilhões de ienes em maio de 2022.
- Shanghai SE (China), +0,74%
- Nikkei (Japão), -0,05%
- Hang Seng Index (Hong Kong), +2,17%
- Kospi (Coreia do Sul), -0,40%
- ASX 200 (Austrália), +0,19%
Europa
Os mercados europeus operam em baixa, com os investidores se preparando para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu.
O mercado prevê um ajuste de 25 pontos base na taxa de juros do bloco econômico. A economia da zona do euro entrou em recessão técnica e a inflação dá sinais de arrefecimento. Mas a autoridade monetária deve continuar cautelosa e observadora em relação a esse movimento. O discurso das autoridades do BCE devem dar o tom das próximas decisões.
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- FTSE 100 (Reino Unido), -0,03%
- DAX (Alemanha), -0,30%
- CAC 40 (França), -0,51%
- FTSE MIB (Itália), -0,41%
- STOXX 600, -0,27%
Commodities
Os preços do petróleo operam com leve alta, apagando parte das perdas da sessão anterior, com dados mostrando um salto nas refinarias da China, maior importador de petróleo do mundo, embora um cenário econômico fraco tenha limitado os ganhos.
As cotações do minério de ferro na China subiram após o Banco Central da China cortar juros de empréstimos.
- Petróleo WTI, +0,07%, a US$ 68,32 o barril
- Petróleo Brent, +0,10%, a US$ 73,27 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 1,43%, a 815,50 iuanes, o equivalente a US$ 113,95
Bitcoin
- Bitcoin, -3,76% a US$ 24.909,88 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
A agenda de hoje traz dados do varejo e da produção americana em maio. Para o varejo, o consenso do mercado prevê recuou de 0,1% nas vendas em relação a abril. Para a indústria, a previsão é de alta de 0,1%.
Na zona do euro, o principal evento vai ser a reunião do Banco Central Europeu, às 9h15 (horário de Brasília). Mais uma vez, o mercado prevê um ajuste de 25 pontos base na taxa de juros do bloco econômico.
Por aqui, sai a pesquisa mensal de serviços de abril, com consenso Refinitiv projetando baixa de 0,5% na base mensal e alta de 4,3% na base anual.
Na seara política brasileira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa nesta quinta-feira, às 9h, de reunião com líderes do Senado, na Presidência da Casa. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, também participa do encontro. Os ministros devem debater sobre a proposta do arcabouço fiscal, que ainda tem que ser votada pelos senadores.
Em seguida, às 10h, Haddad participa de reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.
Brasil
9h: Pesquisa de serviços de abril; consenso Refinitiv prevê baixa de 0,5% na base mensal e alta de 4,3% na base anual
12h30: Roberto Campos Neto, presidente do BC, tem reunião, por videoconferência, com Reem bint Ibrahim Al Hashemi, Ministra da Cooperação Internacional e Enviada do Ministro de Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes Unidos para Assuntos do Brasil (fechado à imprensa)
15h30: Campos Neto tem reunião com Pedro Moreira Salles, Presidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco (fechado à imprensa)
EUA
9h30: Pedidos de seguro-desemprego semanal; consenso Refinitiv projeta 249 mil pedidos
9h30: Preços de importados de maio
9h30: Vendas no varejo de maio
10h15: Produção industrial de maio
11h: Estoques empresariais de abril
Zona do euro
9h15: BCE divulga decisão de política monetária
3. Noticiário econômico
Não há margem para aumentar créditos do programa automotivo, afirma Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não há margem para ampliar os créditos para montadoras de veículos leves, que já pedem mais recursos, além dos R$ 500 milhões reservados para automóveis.
Mais cedo, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou o primeiro balanço do programa, apontando que nove montadoras de carros e dez montadoras de ônibus e caminhões aderiram ao programa automotivo do governo. Do total de R$ 1,5 bilhão disponibilizado em créditos tributários que devem ser revertidos em descontos para a aquisição dos veículos, o setor já solicitou R$ 340 milhões.
4. Noticiário político
Haddad elogia Congresso e cobra Banco Central após decisão da S&P
A melhora da perspectiva para a nota da dívida pública brasileira, divulgada na última quarta-feira (14) pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P), deve-se à harmonia entre os Poderes, disse há pouco o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) têm papel importante na decisão da S&P, mas o Banco Central (BC) precisa “se somar ao esforço” e começar a reduzir os juros.
O ministro lembrou que o comunicado da S&P citou as discussões do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária como um dos motivos que levaram a agência a confirmar a possibilidade de melhorar a nota do Brasil nos próximos dois anos. Ele agradeceu aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pelo esforço na consolidação das contas públicas.
5. Radar Corporativo
Oi (OIBR3)
A Oi (OIBR3) reportou prejuízo líquido de R$ 1,267 bilhão no primeiro trimestre de 2023 (1T23), revertendo lucro líquido de R$ 1,623 bilhão do mesmo intervalo de 2022, informou a companhia de telefonia nesta noite de quarta-feira (14).
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de rotina totalizou R$ 234 milhões no 1T23, um recuo de 81,3% em relação ao 1T22.
MRV (MRVE3)
As vendas líquidas da MRV (MRVE3) totalizaram um valor geral de vendas (VGV) de R$ 1,46 bilhão nos dois primeiros meses do segundo trimestre de 2023 (2T23), um crescimento de 21% frente a média do 1T23 e de 48% frente a média do 2T22.
A construtora também registrou um aumento de 3,7% no ticket médio no comparativo com os dois primeiros meses do 1T23, alcançando a marca de R$ 226 mil nos dois primeiros meses do 2T23.
(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)